A passada sexta-feira fica marcada pela apresentação aos sócios, simpatizantes, locais, comunicação social e amantes da modalidade rainha – o voleibol na Arena Tigre. A família alvinegra mostrou-se mais uma vez – unida e apaixonada. Foi muito bonito ver o recinto composto num final de tarde, e o clube a ser uma vez mais receptivo a causas sociais. Foram entregues quatro carros (de compras) à ADCE – Associação do Desenvolvimento do Concelho de Espinho – de alimentos para ajudar as famílias mais carenciadas.
O senhor voleibol – Toninho – que se encontrava a recuperar da sua saúde no Torneio que teve lugar na Nave Desportiva – voltou ao activo e recebeu uma efusiva salva de palmas e recebeu abraços da direcção, atletas e treinadores.
Como é apanágio de um clube como o Sporting Clube de Espinho – não esquecer quem trabalha e se esforça para que o sonho não se apague – receberam e homenagearam publicamente as entidades que das diversas formas se aliaram ao clube e à cidade, como é o caso da Câmara Municipal de Espinho – representada pelo Vice-Presidente Vicente Pinto, a Delta Cafés e o espaço de fitness FitBox.
No plantel masculino sénior – houve direito a surpresas, caras novas e regressos como é o caso de João Simões e Fabrício Silva / Kibinho.
A noite fica também marcada por um encontro de voleibol entre o Sporting Clube de Espinho e o Sport Lisboa e Benfica. Embora a exibição tenha servido para apimentar a nova temporada, a verdade é que o fim-de-semana já foi a doer para as seniores femininas, agora treinadas por Tiago Rachão, tendo-se deslocado a São Mamede de Infesta, tendo perdido na decisiva negra.
Na gíria futebolística diz-se que “Em equipa que ganha, não se mexe…”. E foi isso que ficou provado pelo quinto ano consecutivo nos gramados do Oporto Golf Club, na freguesia de Silvalde – concelho de Espinho. Tal observação foi feita e com uma certa dose de estupefação pelo tempo passado e oportunidades vividas – por Manuel Violas – Presidente do Oporto Golf Club. Nos últimos dias da semana, os dezoito buracos do clube mais antigo da Península Ibérica e dos mais carismáticos links do mundo, os/as melhores da modalidade disputaram o Título Nacional.
Com S. Pedro a aparecer na última tarde de verão, a zona verde do Restaurante (antigo Putting Green) foi o cenário escolhido para a distribuição de prémios aos vencedores do Campeonato Nacional de Portugal (vertente masculino e feminino) e ao evento que se realizara horas antes – o Pro-Am – uma oportunidade de ouro para conviver e jogar na formação de profissionais.
O dia fica também marcado pelo reconhecimento público e homenagem por parte do Oporto Golf Club ao homem que comandou os destinos da PGA Portugal – José Correia – papel esse que deixa com sentimento de dever cumprido e embargo na voz, aliás, todos os atletas que receberam o troféu não quiseram deixar de lado o trabalho de Zeca.
O Município de Espinho – Parceiro Oficial do torneio – esteve representado pelo Vice-Presidente da autarquia – Vicente Pinto – também ele responsável pelo pelouro do desporto. Deu as boas-vindas aos atletas, treinadores, parceiros referindo o orgulho que tem em ter na cidade um clube e organização que muito tem contribuído para o desenvolvimento da actividade a nível escolar. Fez ainda uma referência à zona nobre da cidade que se encontra em fase de construção do projecto RECAFE e ao que no futuro trará de bom, não só aos locais mas também para quem visita a cidade – recorde-se que para breve abrirá o troço que permitirá ligar o Edifício Progresso à Rua do Golfe.
Na vertente dos Séniores, a vitória sorriu a Joaquim Sequeira (conceituado treinador do Clube de Golfe de Vilamoura) com um resultado total de 155 pancadas (+13), entregando um cartão com 74 e 81. Em declarações ao canal de comunicação parceiro da Federação referiu que “… Para mim é mais uma questão de convívio do que ganhar…”, levando para casa um prémio monetário no valor de 500€. Alan Lopes – brasileiro de nascença mas a viver em Portugal – ficou em segundo lugar a uma pancada de Joaquim Sequeira arrecadando 300€, enquanto que o campeão nacional de seniores do ano passado – José Dias terminou em terceiro a duas pancadas do vencedor, levando assim um cheque de 200€.
A melhor golfista de sempre (no curriculum com três Campeonatos Nacionais Amadores) e agora já com quatro sucessos no Campeonato Nacional de Profissionais – Susana Mendes Ribeiro foi a grande vencedora – descolando agora de Mónia Bernardo – que tinha três títulos. Susana tem agora quatro títulos e a prova em Espinho não foi “um passeio no parque” visto que na entrada para a última volta tinha uma desvantagem de quatro pancadas de Sofia Barroso Sá – n.º 1 do Ranking Nacional BPI (para amadores da FPG), liderou durante duas voltas mas com o mau tempo no sábado assinou a pior volta com 82 pancadas (11 acima do par). Susana Ribeiro (campeã em 2015, 2016 e 2017) venceu com 230 pancadas (17 acima do par, com rondas de 71, 81 e 78) arrecadou um cheque de 750€. Sofia Barroso (atleta da Quinta do Peru Golf & Country Club) também apresentou o mesmo score (70+78+82) mas não houve direito a playoff por ser ainda amadora.
Para Susana Ribeiro em declarações ao canal de comunicação da Federação: “… Esta vitória é muito importante porque é o único torneio que tenho da minha categoria no circuito da PGA de Portugal, é muito importante ser campeã nacional e dá sempre confiança para o resto da época…”.
Na vertente masculina, a sorte voltou a sorrir a Tomás Silva – que mostrou mais uma vez conseguir lidar com a pressão da defesa de um título e venceu pelo segundo ano consecutivo o Solverde Campeonato Nacional PGA (13.400€ em prémios monetários), mas teve de se aplicar a fundo para apresentar uma vantagem de 5 pancadas sobre os mais directos rivais. A liderar desde o primeiro dia (quinta-feira) a chuva e o vento afectaram bastante a última jornada, o que permitiu a Tomás gerir a vantagem e impossibilidade de aproximação de Ricardo Santos (o melhor português nos rankings mundial e olímpico) com 212 pancadas empatado com Miguel Gaspar. Tomás Silva entregou um score de 204 pancadas – após voltas de 63, 69 e 72.
Se dúvidas houvesse quanto ao sucesso de um evento com a chancela Maia & Brenha, a oitava edição foi mais uma demonstração tácita de que a cada ano que passa está melhor. Espinho recebeu desde o dia um de julho milhares de jovens que calcorreavam as ruas da cidade e deram ar da sua boa vibe em festas no Eleven´s e na Pool Party na última noite do torneio.
Com mais um recorde batido no que toca a inscrições, a Nave Polivalente de Espinho foi pequena para acolher tantos amantes e praticantes da modalidade para um jogo sempre apetecível e imprevisível desfecho como o Portugal Vs Espanha e nesta ocasião com um jogador número 7 que dispensa apresentações: Giba do país irmão, Brasil.
Antes da subida ao rectângulo de jogo das estrelas da noite, Giba deu uma aula aos milhares de jovens nas bancadas onde abordou temas como a importância do desporto na juventude (o filho de Giba foi também o centro das atenções, que apesar de tenra idade tem um jeito para o desporto e para o voleibol, arrancou várias palmas das bancadas). Depois, foi a vez do já clássico encontro entre treinadores de Portugal e Espanha que posaram com o medalhado olímpico para a Focal Point Studio.
Equipa de treinadores de Portugal com o internacional brasileiro, que distribuiu simpatia e fez questão de tirar fotografias e dar autógrafos até ao final da estadia na Nave.
Na imagem – a equipa de treinadores que venceu o jogo, mas neste dia não há vencedores nem vencidos, vence o desporto, a modalidade e a amizade.
O Município de Espinho fez-se representar esta semana na Nave com o seu presidente – Pinto Moreira – na cerimónia de abertura, e com Vicente Pinto e Jorge Crespo na quinta-feira no jogo das estrelas. A oportunidade de homenagear Giba foi também aproveitada para oferecer ao jogador uma taça e um livro sobre a modalidade rainha – do Sporting Clube de Espinho – da autoria de João Rodrigues Freitas.
A noite contou também com o já clássico momento de dança das MTV Dance Kids da Prof.ª Patrícia Calado Ribeiro (mulher de Hugo Ribeiro – libero do Sporting Clube de Portugal e da Seleção Nacional). Um momento também muito aplaudido pelas milhares de pessoas que encheram as bancadas e à volta do terreno de jogo.
Quem não quis perder pitada foi a nova mascote da AMB, que proporcionou gargalhadas e fotografias com os participantes. A Volei TV esteve presente e divulgou o jogo online, assim como a Espinho TV.
Os atletas chegaram ao retângulo de jogo de motas eléctricas e mascarados, primeiro foi a vez dos atletas que representaram Espanha e depois Portugal, de realçar a presença em campo de atletas como João Simões, João Fidalgo, Lourenço Martins, Phelps, Januário Alvar, José Rojas… A fotografia de família foi feita antes do jogo que terminou com uma vitória da equipa da casa.
Aqui podemos ver o momento de abertura do jogo e uma moldura humana impressionante na Nave Polivalente que até há bem pouco tempo era apelidada de Arena Tigre.
Antes de fazer parte do jogo, Giba assistiu sempre com um sorriso aos momentos da partida. O jogo teve ainda uma particularidade (para dar ainda mais colorido) com momento em que apareceu em campo três objectos e a mascote. O feito (de acertar em algum dos quatro elementos) foi conseguido por uma atleta que foi escolhida aleatoriamente da bancada – espanhola.
Depois de cinco dias de jogos em vinte e dois campos – distribuídos por Espinho, Fiães, Cortegaça e Esmoriz, a organização não podia estar mais satisfeita. Todas as equipas conseguiram fazer os dois jogos que estavam planeados para cada dia e as entidades envolvidas (Aipal, Município, Espaços do Zé, Vitalis, Santa Casa da Misericórdia) realçaram mais uma vez a importância de um evento como a AMB.
O espaço já se encontra arranjado para mais uma prova com a chancela da dupla que dignificou a cidade e o país – desta vez o World Volleyball Master, que tem início marcado para hoje com a conferência no Auditório da Junta de Freguesia de Espinho pelas 18 horas.
O final de tarde solarengo de sexta-feira – 21 – em Vila Nova de Famalicão foi palco da inauguração de um espaço que promete dar que falar. O alojamento local por si só não é sinónimo de reservas, dormidas, sucesso. Há-que lutar para chegar onde nos comprometemos. E não temos dúvidas que é esse o espírito de Marta e Vivian.
São amigas, são sócias, são cunhadas e vêem na família um porto de abrigo, capaz de as fazer sorrir nas alturas mais difíceis que todos atravessamos. O Wake Up Famalicão é um lugar único. Um edifício de três pisos datado dos anos cinquenta além de estar plantado no centro da cidade entre a Avenida 25 de Abril e a Praça 9 de Abril, nomes como Amália Rodrigues, Paula Rego, Carolina Beatriz, Ferreirinha convidam a uma estadia, numa cidade repleta de recantos para descobrir e árvores verdes para uns momentos à sombra. O edifício foi inteiramente renovado pelas ideias e mãos de Serafim e Ilda Rodrigues – pais de Marta e Tiago – e o projecto começou a ganhar forma em 2012.
O espaço fica a trinta e sete quilómetros da cidade do Porto, a vinte e quatro de Braga e vinte e nove de Guimarães. A abertura do espaço contou com a presença do Ex.mº Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, um amigo da família e conhecedor do trabalho e dedicação na sua cidade do pai e avô de Marta. De resto, durante o seu discurso que antecedeu o desenlace, Paulo Cunha agradeceu às responsáveis do projecto por apostarem no concelho e pela imagem no feminino criada no Wake Up.
O brilho no olhar de Marta e Vivian era notório, desde logo à nossa chegada pouco depois das dezassete para uma inicial recolha de imagens e reconhecimento da casa. O primeiro piso apresenta um lounge com cadeiras confortáveis, prospectos de apresentação de Famalicão e os seus eventos e uma televisão de ecrã plano, que aliás está ao dispor dos hóspedes em todos os quartos, são seis no total.
No primeiro piso, no corredor ao fundo da sala marcamos encontro com as palavras de Amália Rodrigues, os traços de Paula Rego, os tons durienses na homenagem à grande mulher Ferreirinha e Carolina Beatriz, numa também referência ao empreendedorismo no feminino. Todos os quartos são de tipologia twin (com camas individuais), no entanto no segundo piso nos quartos de Ana Plácido & Camilo Castelo Branco / Elzira e Arthur Cupertino de Miranda existem camas de casal e uma individual no piso superior (ideal para famílias com filhos pequenos).
Para que os presentes ficassem a conhecer um pouco mais do conceito do Wake Up – distribuíram pelos quartos uma apresentação do pequeno-almoço e recepção aos hóspedes com uma garrafa de champanhe, fruta e miniaturas.
A maior parte dos convidados e presentes fizeram uma visita guiada pelos dois pisos e aproveitaram a boa música e o bom tempo para dois dedos de conversa no hall de entrada.
Um momento que não podíamos deixar de partilhar. Nesta imagem presentes quatro gerações da família.
Depois da visita e explicação dos tons e decoração utilizados em cada quarto , Marta e Vivian procederam ao corte do bolo com a ajuda do presidente da autarquia, Paulo Cunha.
Para o futuro e eternizado, a placa feita para a inauguração e assinada pelo presidente Dr. Paulo Cunha.
Durante a tarde, Serafim Rodrigues e sua mulher – Ilda receberam os convidados e trocaram palavras, muitos foram os amigos que não quiseram deixar fugir a oportunidade de dar um abraço e conhecer um espaço que estamos certos – revolucionará o turismo e a oferta de proximidade de Famalicão.
Para conhecerem o Wake Up Famalicão aqui disponibilizamos os endereços:
www.wakeupconcept.com
www.instagram.com/wakeupconcept
À semelhança do que aconteceria com um reconhecimento pela voz de Artur Agostinho, o homem que lidou de perto com Mikhail Gorbatchov aquando da sua visita a Portugal, viajou até à cidade de Espinho para uma conversa em dois actos com os alunos do Ensino Secundário no Agrupamento de Escolas Manuel Gomes de Almeida. José Milhazes falou mais de duas horas com jovens no âmbito da disciplina de História. A iniciativa de nome “À conversa com…” decorreu no Auditório organizado pela equipa da biblioteca, e com a colaboração da Academia de Música de Espinho na pessoa do professor Jonas Pinho que acompanhou ao piano a aluna Inês Romeira do 7º 1. Estiveram presentes oito turmas: sete do ensino secundário e uma do nono ano.
O autor aproveitou para falar dos seus livros e a editora disponibilizou alguns títulos para os que têm o hábito da leitura: cinco títulos:
Antes de um resumo do que fora a manhã de ontem num anfiteatro bem composto por alunos interessados e respeitadores do silêncio, passaremos a uma breve apresentação sobre o autor: José Milhazes é filho de pescadores, nasceu na Póvoa do Varzim a dois de Outubro de 1958. Um dia sonhou ser padre mas acabou por desistir quando encontrou o amor da sua vida. É jornalista, historiador e tradutor. Correspondente da LUSA, da RDP e SIC em Moscovo.
A viagem começou por uma leitura de excertos do último livro “Os Blumthal” uma obra que escrevera contra a vontade de sua mulher, visto que se trata de um estudo aprofundado da avó materna nos campos de concentração nazi. A palavra traduzida para português é “campo livre”. José Milhazes viveu a maior parte da sua vida no estrangeiro o que lhe permite sempre ter uma visão do nosso país de uma forma que nós – os locais – não conseguimos. Falou sobre história, sobre a importância da história para que as situações mais delicadas não se repitam.
Rabilsbruck foi o maior campo de concentração nazi para mulheres, maioria dos irmãos não sobreviveram, familiares foram fuzilados. A mulher de José Milhazes é anti-comunista e ele – conta em tom de brincadeira – que no dia do casamento soube do pensamento que toldava José lhe passou pela cabeça não casar. Os filhos foram os maiores pontos de apoio para que o autor escrevesse e investigasse sobre o campo de concentração, as histórias lá vividas o que fez também com que a mulher ficasse a saber que o apelido da avó era outro.
– Todo este livro era dor… – confessa José Milhazes. O livro era visto pelos filhos como uma chamada de atenção ao mundo. Foi também durante a divagação sobre o seu trabalho como jornalista que recordou as viagens que fazia entre a Rússia e Portugal, imensas fronteiras e documentos que precisava ter em dia e em alguns países tinha que mostrar o passaporte duas vezes. Olhando para os jovens disse:
– Agora vocês compram um bilhete lowcost e vão beber cerveja a Praga que é a cidade mais bonita da Europa. Claro que ligam aos pais e dizem que vão a um museu.
Foi após uma gargalhada geral que José Milhazes falou sobre a degradação do nível da informação, os canais cada vez mais sensacionalistas, o jornalismo na hora, quase que chegam antes dos acidentes, dos homicídios. A comunicação social está doente e é muito difícil resolver nesta era da internet, em que existe demasiada informação. Há-que saber separar o trigo do joio, saber aplicar a metodologia da verdade, aos alunos convém saber e treinar o cruzamento de dados, a não acreditar logo numa notícia.
As pessoas tendem a acreditar cada vez menos nos jornalistas e nos políticos pelo que os 70% de abstenção do passado dia 26 de Maio não o espanta, mas considera uma vergonha. Os políticos são maus e não respondem por coisa nenhuma. As cobranças de impostos nas auto-estradas, em qualquer país do mundo o Ministro das Finanças demitia-se no próprio dia. José Milhazes refere também que defende o voto obrigatório a partir dos dezasseis anos. Disse ainda:
– Ou nos transformamos em cidadãos ou então alguém o fará por nós! Deviam aprender com o estrangeiro e votar em massa!
Sem História não há democracia e sem história não há memória, diz José Milhazes que a humanidade aprende pouco com a história e diz mais: “somos piores que os animais porque pensamos…”. Há princípios que devemos defender, e pediu aos jovens presentes para argumentarem, se não estiverem contentes com a situação tentem mudar. E em jeito de brincadeira disse:
– Antes de ir para a política vão trabalhar uns anitos! Temos que viver ativamente.
Foi dado também o pontapé de saída para o convite à leitura, a filha é uma leitora compulsiva, o filho nem por isso. Em Portugal apenas cinco autores vivem da escrita e diz mesmo que a literatura é imprescindível em qualquer ramo, desde o matemático a um historiador. José Milhazes foi o melhor aluno a Filosofia e a História porque estudou num seminário. Aprendeu a ler os jornais que a mãe comprava com uns meses de atraso (os que serviam para embrulhar os baús da comida dos pescadores).
O próximo fim-de-semana ficará marcado pelo regresso das estátuas a Espinho, um certame que tem já o seu fiel público e a capacidade de trazer à cidade pessoas de outros pontos do país. A vigésima terceira edição trará quarenta estátuas a concurso às quais se juntam convidados da Argentina / Espanha e Ucrânia. Na noite de sábado o “Lu(g)ar das Estátuas” em que estarão nas montras de lojas selecionadas na rua 19 e 23.
No domingo a partir das 15:30 visite as quarenta estátuas no Largo da Câmara Municipal. Ao final da tarde serão conhecidos os vencedores, serão escolhidos por Armando Bouçon – Chefe da Divisão de Cultura e Museologia da Câmara Municipal de Espinho, Susana Bento – vencedora do grande prémio do Júri de 2018 e Constança Araújo Amador – artista plástica.
Pode aceder ao nome das estátuas participantes (e quiçá puxar pela imaginação) através do site do Município.
http://portal.cm-espinho.pt/pt/noticias/detalhes.php?id=4499
“… qualidade ou condição do que ou de quem não é dependente de algo ou de alguém…” é esta a definição de independência no Dicionário da Língua Portuguesa. Espinho comemorou 130 anos no passado dia 23 com um programa recheado de actividades e com a companhia – tal como acontecera em 2018 – do sol e céu azul. A manhã começou com a recepção aos convidados por parte de Vasco Alves Ribeiro, Vitor Sousa e o staff que o acompanha na Junta de Freguesia na rua 23: Pinto Moreira, Vicente Pinto, Lurdes Ganicho, Quirino Jesus, Manuel Dias e Hélder Rodrigues fizeram questão de marcar presença e parabenizar Espinho e os espinhenses.
O momento do hastear da bandeira terminou com uma salva de palmas do outro lado da rua e com a fotografia de família antes da inauguração da exposição “Ponte Habitada” por parte de alunos da disciplina de arquitectura da ESAD – Escola Superior de Artes e Design, Matosinhos – do professor espinhense João Nuno.
O projecto a que dez alunos disseram presente visava a criação de uma estrutura para substituir a já extinta ponte sob o rio Largo – que caíra no final do ano transato. Ao início da noite deu-se a entrega dos prémios às duas estruturas vencedoras. Embora só existisse uma ponte em cima da mesa está a colocação de uma segunda estrutura – muito provavelmente a que ficara em segundo lugar do concurso, todas elas feitas em madeira e que podem ser visitadas no edifício da Junta.
Antes do (Porto de Honra) na sala adjacente ao átrio em que passou um vídeo de apresentação das obras a concurso, houve uma visita dos convidados à exposição.
O parceiro Aipal e a Casa Alves Ribeiro – ambas na Rua 19 e associados da Associação Comercial Viver Espinho – contribuíram com uns húngaros e uma garrafa de vinho do Porto. Com as energias repostas foi endereçado o convite a uma romagem ao Cemitério para homenagem aos autarcas já falecidos e depósito de uma coroa muito bonita no jazigo municipal.
Ao cemitério foram representantes do Município, da Junta de Freguesia e Assembleia.
Momento de silêncio por todos os que já partiram…
Seguiu-se a colocação da coroa no jazigo dos autarcas por parte do Vasco Alves Ribeiro e Pinto Moreira.
A comitiva confraternizou mais alguns minutos e houve lugar às despedidas. Horas mais tarde estava marcado o concerto no Auditório da Junta de Freguesia, um momento em parceria com a Academia de Música de Espinho. O certame contou com a Espinho EPME Metais Ensemble com Sérgio Pacheco no trompete e direcção musical.
O momento dos metais contou com interpretação de obras de Monteverdi e Gabrieli. Nos trompetes estiveram:
Na trompa estiveram:
No trombone:
No eufónio Eugénia Cunha e na tuba Rogério Contreiras.
Sérgio Pacheco é Chefe de Naipe de Trompete da Orquestra Sinfónica do Porto – Casa da Música. Completou a sua formação na Artave – Escola Profissional Artística do Vale do Ave e, mais tarde, no Royal College of Music em Londres. Foi Primeiro Trompete Auxiliar da Orquestra Gulbenkian.
Outro grande momento do dia estava guardado para o final com a subida ao palco da Orquestra Camareta com Rodion Zamuruev no violino e Roberto Valdés (também em violino) e direcção musical. O violinista russo é professor no Conservatório de Moscovo, director artístico e solista do Ensemble Mobilis.
Já Roberto Valdés foi-se tornando reconhecido solista e músico de câmara, tanto em solo americano como europeu tendo tocado as mais icónicas obras para violino, clássicas e da América Latina.
O que seria uma bela ocasião para uma reunião alegre de capas negras e sorrisos misturados com lágrimas – deu antes lugar a um rol de recados por parte da Federação Académica à gestão autárquica praticada por Rui Moreira. A semana da Queima das Fitas fica marcada pelo triste acontecimento nas imediações do Queimódromo e da inesperada “vista” da tribuna despida depois de uma mensagem de desagrado por parte de um aluno pertencente à organização.
A baixa portuense e a (infelizmente) Avenida dos Aliados já sem os jardins de outrora começaram a encher ao final das primeiras horas do dia de familiares orgulhosos dos seus finalistas ou caloiros. A entrada no recinto para fotografar só foi possível pelo contacto prévio com a Comunicação da FAP na pessoa da Maria João Maia. O cortejo teve início quase duas horas depois do previsto e segundo alunos não havia ninguém para dar luz verde na Rua dos Clérigos. A passagem de pessoas também passou a ser um “filme”, mesmo de pessoas com cadeiras de rodas ou carrinhos de bebé. Como vem sendo hábito nos últimos anos, os finalistas de toda a Academia passam primeiro e depois começam a surgir os primeiros carros alegóricos. Embora todos os presentes gostassem de presenciar e fazer parte de uma festa tudo se passou em perfeito silêncio começando o barulho dos foliões após a passagem na tribuna.
Rui Moreira e o seu núcleo de convidados desceu até à zona da tribuna poucos minutos depois das quatro, onde aproveitou para conversar com alguns munícipes e pessoas que o abordavam de forma simpática. Quando olhou na direção do Palácio das Cardosas tinha este cartaz erguido e os “manifestantes” aplaudiram a intervenção do representante da Academia quando se referiu ao valor das rendas, o facto de não haver alojamento suficiente para os estudantes da Universidade do Porto, a autarquia mostrar-se indisponível para abrir o Coliseu a eventos da Academia. Ora, um momento que levou Rui Moreira a sorrir mas a mostrar algum incómodo, ao lado do Reitor da Universidade do Porto – António Sousa Pereira.
Nenhuma das faculdades passou pela tribuna com a alegria do costume, fazendo apenas barulho no sentido descendente dos Aliados.
O aluno que discursou pelos milhares de estudantes teve alguns problemas ao nível do microfone, o que gerou uma onda de assobios e palavras como “fala mais alto…!” “não se ouve nada…!”.
Rui Moreira posou para a Focal Point Studio com estudantes da UP, ainda antes do referido momento que o deixou triste. O autarca fez questão de “bengalar” algumas estudantes que passaram na tribuna e aquando da passagem da Faculdade de Economia abandonou a tribuna bem como os seus convidados.
Antigos alunos e Dux vestiram as capas e em jeito de “luto” não esboçaram qualquer sorriso ou cumprimento a quem estava na tribuna. Apesar de tudo, a Federação Académica do Porto faz um “balanço positivo” da edição deste ano, com a colocação de torres de vigia para reduzir ao mínimo os “blind spots” que existiam. João Pedro Videira em declarações à Agência Lusa “Houve um compromisso de todos os parceiros e entidades em fazer da Queima das Fitas um espaço confortável e, apesar de todo o alarido à volta dela, esta foi mais uma edição de sucesso, de partilha, de sorrisos e de sentimento de academia e penso que as pessoas levam uma boa imagem para casa…”.
Medicina passou em primeiro lugar e também levava a “lição” estudada de não festejar aquando da passagem.
De seguida foi a vez da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.
Posteriormente surgiu na curva dos Aliados a Faculdade de Letras da Universidade do Porto e o Curso de Ciências da Comunicação.
A Faculdade de Farmácia saudou o Dux da sua faculdade que se encontrava de “luto” pelo rumo da Academia, atribuindo à autarquia a culpa de aquela não ser a festa que desejavam.
A Faculdade de Economia do Porto também passou em silêncio pela tribuna, e foi a última a ver alguém nas cadeiras. Rui Moreira desceu as escadas logo após a sua passagem e não regressou.
Os finalistas do Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar foram os primeiros a soltar gritos de euforia ao discurso e de palavras como “Um médico que saiba só de medicina, nem medicina sabe”.
A primeira vez que me arrepiei com uma voz particularmente feminina e doce foi prenda de um grande amigo há uns anos largos, quando me ofereceu um dvd ao vivo de Katie Melua. Passados estes meses de intoxicação na música e sobretudo nas rádios, oiço com redobrada atenção e emoção os primeiros acordes de Joana Almeirante no Festival Internacional de Música de Paços de Brandão. A voz soa entre o doce e poderosa, muito por influência dos verdadeiros mestres da música que não dispensa – o jazz – e em tom de brincadeira ao apresentar o convidado (já lá vamos) que todos gostavam de “música normal”.
Quem acompanha a música portuguesa e o sucessor de Carlos Tê – Miguel Araújo já ouviu falar da Joana. Além de bom gosto musical e formação na área do jazz, tem um feeling para escrever letras de amor. Numa sala bem composta por familiares, amigos e fãs, Joana surge com um vestido que lhe assenta na perfeição e de sapatilhas clássicas bem escolhidas para a ocasião, tímida mas confiante a cada passo até à cadeira onde se senta do princípio ao fim.
“Inês” foi o pontapé de saída para uma noite que se se tivesse prolongado por mais uma meia-hora ou uma não teria sido exagerado, principalmente quando o som do auditório do CIRAC e o silêncio da plateia intercalava com coro afinado e palmas sentidas no final de cada música. O tema que se seguiu foi uma das canções que mais gostei de ouvir interpretada “Ouvi dizer” dos Ornatos Violeta, banda preferida e fonte de inspiração, aliás foi entre muitas das que ouvi no youtube as que me fariam dar nota 20.
Do repertório feito para o CIRAC, Joana Almeirante alternou entre guitarra acústica – Gretsch, a Fender Telecaster e um Ukelele da Ortega. Marcas e modelos à parte, Joana dá um cunho pessoal nos temas – não só originais mas também nos covers de Miguel Araújo (com quem toca), Carolina Deslandes e Via Faro. Entre dois dedos de conversa com a audiência, surge o primeiro cover de um tema de Miguel Araújo “José” e a aventura dos primeiros passos no jardim.
O tema “Coisa mais bonita que Deus fez” vem no seguimento das suas influências e os acordes no Ukelele soaram seguros e mostraram a polivalência de Joana. Um concerto que teve uma particularidade: noventa e oito porcento de música portuguesa (entre originais e interpretações) e o tema “Bubbly” de Colbie Caillat para fechar o alinhamento antes do “clássico” encore.
“… Mas lembra de um dia te mostrares como és…” são palavras que fazem parte de um original sobre pessoas que vivem numa constante fantasia e as mentiras acabam por lhes “destapar” a máscara. Depois de dissertar sobre o tema, Joana chamou para junto de si – António Cardoso – amigo de longa data para uma “Estrada” sem sobressaltos de Mafalda Veiga e a parte da canção “deste lado é mais puro…” foi o mote para uma “dança” com o público presente, entre sorrisos genuínos da estrela da noite.
Ouvir a Joana falar dos seus originais com honestidade, serenidade e um misto de emoções – às vezes só nós, poetas e autores distinguimos – levaram-me a mais uma viagem por letras escritas por mim entre 2008 e 2016.
A família – como já fora referido – é um pilar seguro da carreira e vida de Joana, os pais são os maiores fãs, fazem quilómetros e levam os vestidos que ela se esquece (sorrisos!) e a irmã que embora goste diz que a música é uma seca. Seguiu-se mais um Cover de Miguel Araújo do primeiro álbum “Baile dos Sem Ninguém” com dedicatória especial ao seu maior fã – Miguel Branco – que tem a voz de Joana como despertador.
A noite lá foi correndo sem sobressaltos nem feedbacks e o seu primeiro original “Minha Margarida” fala sobre alguém que não consegue ficar com a pessoa amada. E antes do regresso de António Cardoso ao palco com duas interpretações de Via “Já não sei quem sou” e “Não sou feita de ferro”, Joana leva-nos por mais uma viagem à boa música portuguesa com “Problema de expressão” dos Clã, o tema que “…descobri que até cantava umas coisas fixes…”.
O original “Dia mau” que se seguiu tem uma semana de existência e retrata alguém que perdeu o sentido da vida e o desejo de não continuar vivo embora uma voz interior o force a acreditar que ficará tudo bem. Seguiu-se “Sete passos” de Miguel Araújo tema que tocou numa gala do curso na JORBA.
Com 14 anos ouviu o tema de Colbie Caillat e recentemente na rádio, chegou a casa e foi encontrar os acordes, um momento acústico e uma bonita pronúncia da língua inglesa.
Despediu-se do público com um sorriso e um aceno de mão, subiu as escadas e voltou para uma última canção “Será amor” de Miguel Araújo pedindo uma ajuda ao público acusando já um cansaço na voz.
Da parte de todos os que lá estiveram, foi uma noite certamente para mais tarde recordar. Podem acompanhar a carreira da Joana no seu facebook em:
https://www.facebook.com/joanalmeirante/
Texto e Fotografias:
Francisco Azevedo
Se houve momento para um passeio em Espinho à beira-mar várias foram as famílias que fizeram o sentido inverso e deslocaram-se até ao interior – Fiães para mais um jogo na casa emprestada ao Sporting Clube de Espinho. Uma tarde de autêntico verão e as duas equipas proporcionaram bons momentos e uma quase mão cheia de golos. Os pupilos de Rui Quinta conseguiram aproveitar o deslize do primeiro classificado – Gondomar – e aproximaram-se na tabela vencendo o CD Cinfães por três bolas a uma, um golo na primeira metade e já com a Serra da Freita nas costas, o Sporting Clube de Espinho marcou por duas ocasiões do lado da bancada dos Desnorteados.
Parecia mesmo um dia de verão, várias pessoas de calções e óculos de sol e o termómetro no carro apontavam vinte e cinco graus. Os adeptos que têm acompanhado a equipa alvinegra para todo o lado – com preços acessíveis em autocarro – marcaram presença e apoiaram o tigre até ao último minuto, equipa que se encontra atualmente a dois pontos do segundo lugar e a cinco do primeiro.
Foi com garra que o tigre subiu ao relvado na segunda parte, já com os dois centrais amarelados, não se deixaram acomodar com a vantagem de um golo e foram em busca do segundo, que acabou por acontecer através de uma grande penalidade.
A equipa que viajou da sempre bela região do Douro, não baixou os braços e chegou a assustar quando fez o golo que reduzia assim para um a vantagem no marcador mas a vontade dos onze de Rui Quinta foi determinante para chegar ao golo da tranquilidade e o manter do sonho de no final do ano subir a um escalão nacional.
O Sporting Clube de Espinho tem agora uma deslocação a Paredes no próximo dia 31 e já no mês de Abril recebe a 7 o Coimbrões, clube com que aliás tem uma rivalidade grande. Na memória dos adeptos ainda está bem presente a última viagem ao terreno da equipa gaiense.
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