No dia 30 de janeiro (19 horas), o curador Miguel von Hafe Pérez recebe Lúcia Almeida Matos, Diretora da Faculdade de Belas Artes do Porto. A exposição ‘Cintilações: obras maiores do séc. XX português na coleção Ilídio Pinho’ vai gerar diálogo e partilha de conhecimento.
Uma conversa entre… é uma abordagem singular à exposição temporária Cintilações: obras maiores do séc. XX português na coleção Ilídio Pinho, a decorrer no Espaço João Espregueira Mendes (EJEM) até ao próximo mês de fevereiro. Conduzida por Miguel von Hafe Pérez, curador daquela nova sala integrada no Museu FC Porto, e com a participação de Lúcia Almeida Matos, Diretora da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, a conversa também é uma visita aos 24 trabalhos e 18 autores apresentados no segundo momento expositivo do EJEM, inaugurado em março de 2019.
A exposição temporária Cintilações: obras maiores do séc. XX português na coleção Ilídio Pinho, aberta ao público desde outubro do ano passado e com entrada livre, é um apanhado verdadeiramente excecional de uma a três obras por cada década dos anos de 1900. Selecionadas a partir de um dos mais importantes acervos de arte do país, as obras apresentadas reúnem Almada Negreiros, Álvaro Lapa, Amadeo Souza-Cardoso, Ângelo de Sousa, Arpad Szenes, Augusto Gomes, Eduardo Batarda, João Vieira, Jorge Barradas, Jorge Pinheiro, Júlio, Júlio Pomar, Júlio Resende, Manuel Rosa, Mário Eloy, Nikias Skapinakis, Paula Rego e Vieira da Silva numa convergência expositiva que também inclui trabalhos raramente acessíveis ao público em geral.
Lúcia Almeida Matos, Professora Associada da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto dirige o Mestrado em Estudos de Arte com dupla especialização em Teoria e Crítica da Arte e Estudos Museológicos e Curadoriais e coordena as atividades do Museu da FBAUP. As suas áreas de interesse incidem sobre processos e estratégias de produção, coleção, preservação, apresentação e receção da arte moderna e contemporânea. Tem organizado exposições, publicado livros e artigos, coordenado e participado em projetos nacionais e internacionais que exploram estas temáticas. Atualmente é Diretora da Faculdade de Belas Artes.
Miguel von Hafe Pérez é crítico e curador. Colaborou com a Fundação de Serralves no Porto, foi responsável pela área de artes visuais e arquitetura no Porto 2001, Capital Europeia da Cultura. Foi também membro da mesa curatorial do Centre d’Art Santa Mònica em Barcelona e diretor do Centro Galego de Arte Contemporánea (CGAC) de Santiago de Compostela, em Espanha. Criou o projeto Anamnese, arquivo obre a arte portuguesa de 1993 a 2003 para a Fundação Ilídio Pinho. Comissariou mais de cem exposições desde 1993, entre elas “No Tempo Todo”, uma retrospetiva da obra de Álvaro Lapa, em 2018 na Fundação de Serralves e, mais recentemente, “awdiˈtɔrju” de Pedro Tudela no Maat e “(Ainda) O desconforto moderno” de Miguel Palma no Museu Coleção Berardo, ambas em Lisboa. É responsável pela programação do Espaço João Espregueira Mendes no Museu FC Porto.
Em fevereiro (dia 20), o Espaço João Espregueira Mendes recebe mais Uma conversa entre…, com Miguel von Hafe Pérez e Laura Castro, Professora na Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa.
EJEM|ESPAÇO JOÃO ESPREGUEIRA MENDES – PROGRAMAÇÃO 2020
30 JAN
Uma conversa entre… –
com Miguel von Hafe Pérez e Lúcia Almeida Matos
Idades: Todas
Horário: 19H00
Preço: Entrada livre
Local: Espaço João Espregueira Mendes (Museu FC Porto)
20 FEV
Uma conversa entre… –
com Miguel von Hafe Pérez e
Laura Castro
Idades: Todas
Horário: 19H00
Preço: Entrada livre
Local: Espaço João Espregueira Mendes (Museu FC Porto)
ATÉ 28 FEV
Cintilações: obras maiores do séc. XX português na coleção Ilídio Pinho – Exposição Temporária
Idades: Todas
Horário: 10H00 – 13H00 | 14H00 – 19H00
Preço: Entrada livre
Local: Espaço João Espregueira Mendes (Museu FC Porto)
Programação e mais informações Museu FC Porto/EJEM em APP Museu & Tour e www.museufcporto.pt.
O próximo fim-de-semana ficará marcado pelo regresso das estátuas a Espinho, um certame que tem já o seu fiel público e a capacidade de trazer à cidade pessoas de outros pontos do país. A vigésima terceira edição trará quarenta estátuas a concurso às quais se juntam convidados da Argentina / Espanha e Ucrânia. Na noite de sábado o “Lu(g)ar das Estátuas” em que estarão nas montras de lojas selecionadas na rua 19 e 23.
No domingo a partir das 15:30 visite as quarenta estátuas no Largo da Câmara Municipal. Ao final da tarde serão conhecidos os vencedores, serão escolhidos por Armando Bouçon – Chefe da Divisão de Cultura e Museologia da Câmara Municipal de Espinho, Susana Bento – vencedora do grande prémio do Júri de 2018 e Constança Araújo Amador – artista plástica.
Pode aceder ao nome das estátuas participantes (e quiçá puxar pela imaginação) através do site do Município.
http://portal.cm-espinho.pt/pt/noticias/detalhes.php?id=4499
Espinho tem ao dispor dos seus locais e visitantes um novo espaço na primeira linha da praia. Não só se trata de um conceito ligado ao desporto rei desta cidade – o surf – mas ao cliente que procura um bom ambiente para um copo de tinto, uma seleção de iguarias para acompanhar e música que não fere os ouvidos. Hoje, por exemplo, à nossa visita soavam canções de Lennon & McCartney.
Ao leme deste espaço que se encontrava com um outro nome e estilo está um homem que conhece bem a realidade da Hotelaria, com provas dadas ao lado do Professor Emídio Concha de Almeida e Carlos Miguel: Antero Costa, que anteriormente explorava Anterix (atual Praia das Sereias). Em Novembro quando começaram as obras encontraram na Ponto d Partida um aliado que renovou recentemente três espaços da Aipal na cidade de Espinho. O Crowd tem uma cozinha muito bonita e à vista de quem está ao balcão e nas mesas. Conta ainda com uma esplanada com capacidade para quarenta pessoas.
A decoração simples, alusiva a casa de praia, surf e viagens faz deste lugar um espaço agradável e as palavras “Fazia falta em Espinho uma casa assim” embora o conceito de vinho a copo com seleção de queijos e enchidos e alguns salgadinhos tenham já sido explorados.
A prancha de longboard que se encontra na parede lateral esquerda é única no mundo, fora pintada por um amigo de Antero. As mesas são individuais e conta com três filas.
Além da escolha do seu timoneiro e mulher de vinhos para “vinho do mês” o Crowd dispõe de café e uma variedade de chás e bebidas “tradicionais”. Optámos por experimentar uma reserva de 2012 da Quinta da Zaralhôa “Rumansil” de um casal amigo espinhense – Luís Cruz e Ana Resende, também eles apaixonados pelos desportos de mar. Um tinto que se bebe muito bem depois de jantar ou mesmo a acompanhar uns petiscos.
O balcão recorda os tempos do “Pobrezinho” antiga marisqueira há mais de quarenta anos, recordava Antero. Paralelo ao balcão no corredor para o armazém e as casas de banho está um outro ponto de encontro com azulejos com história.
Esta casa tem a intenção de acabar ou reduzir a utilização dos plásticos pelo que optou por colocar à disposição dos clientes um garrafão que normalmente existem nas empresas e pelo preço de cinquenta cêntimos podem encher a garrafa ou boião de treino e retomar a actividade.
O chão é novo, bem como a parte da iluminação. Trata-se de uma casa com muitos anos daí que o trabalho de arquitectura e engenharia tivesse sido pensado de forma mais cuidada para que a legislação actual fosse cumprida. A onda foi feita no momento certo! Resta desejar Boa Sorte ao amigo Antero e fica o convite para todos os que visitam Espinho aproveitem para conhecer o Crowd. Fica paredes meias com o Mau Maria e o Golfinho.
Espinho tem uma estação onde ainda pára o Vouguinha, comboio histórico que traz pessoas todos os dias oriundas de São João da Madeira e Oliveira de Azeméis. A estação já não oferece as condições de outrora.
Ao lado direito da imagem pode vislumbrar-se as obras de requalificação do canal ferroviário, obra da autoria do Gabinete de Arquitetura RDLM em parceria com Francisco Mangado – arquiteto basco. A linha é unitária, os comboios esperam um pelo outro sensivelmente a meio da viagem (Paços de Brandão).
A passagem para a zona piscatória e muito característica de Espinho faz-se por um corredor temporário onde se vê ainda a bancada (lado este) do Comendador Manuel de Oliveira Violas. Esta zona da cidade está a ficar claramente na moda com vários restaurantes em que o prato forte é o peixe e marisco. Ainda se vive da arte xávega.
As obras de requalificação decorrem a um passo acelerado, sendo visível já a pala que servirá para concertos e outros eventos culturais. O estádio ficará na memória de todos os espinhenses. Atualmente, a equipa (Sporting Clube de Espinho) joga no campo do Fiães, que está localizado a aproximadamente 8 quilómetros. Os adeptos chamam-se Desnorteados e acompanham o Espinho em vários estádios.
Os cafés sempre frequentados por pessoas da cidade e não só. A Casa Zé Grande tornou-se numa espécie de ponto de encontro quando o Sporting Clube de Espinho jogava no “velhinho”. O seu presidente – Bernardo Gomes de Almeida – é um cliente assíduo bem como os sócios antes dos jogos e no intervalo.
Da antiga fábrica de conservas Brandão Gomes pouco resta: a antiga chaminé vermelha, a fachada e a estátua da varina a apontar para o nome. Atualmente existe um Fórum de Arte e Cultura de Espinho onde se organizam exposições, conferências num auditório. Desde o meio do ano corrente que existe um Espaço Cidadão.
A autoria da obra pertence ao espinhense Carlos Nuno Lacerda Lopes, o FACE como é conhecido – tem um espelho de água onde se realizam alguns concertos e serve de apoio à esplanada. No edifício estão algumas instituições e uma escola de bailado – Isabel Lourenço. O espaço está ao cuidado de um historiador que conhece bem a cidade de Espinho – Armando Bouçon, que é também responsável pelo serviço de Cultura e Museologia do Município.
A pesca continua a ser praticada quase de forma artesanal, agora já não têm apoio dos bois, atualmente os barcos são puxados por tratores que deixam as suas marcas na areia. A praia é várias vezes palco de aglomerado de turistas que assistem a esta arte.
Os barcos têm todos nomes relacionados com Espinho e com as suas personagens bíblicas. O número de companhas diminuiu mas as que existem fazem questão de sair ao mar o máximo de vezes possível. No verão chegam a fazer quatro viagens por dia. O recolher das redes é um dos pontos altos. Uma visita obrigatória com câmara. Os pescadores são pessoas afáveis, simpáticas e não se importam que alguém as fotografe, mas evite fotografar sem pedir autorização.
Quando não estão no mar (e quando regressam) passam horas ao sol a arranjar as redes, a confraternizar no bar “O Pescador” muito apreciado pela comunidade local. Ao fim-de-semana há karaoke e boa disposição. Os apoios de pesca foram dados pelo executivo em funções e na altura com o presidente da junta de freguesia de Silvalde – Marco Gastão.
Nem sempre estão com companhia. Há “artistas” que preferem o silêncio e o sossego para arranjar os seus equipamentos.
A oportunidade que tivemos de conhecer alguns pescadores – fruto também da forma de estar na fotografia – foi-nos possível conhecer alguns números que nos deixaram espantados, como por exemplo a extensão das redes e a distância que as cordas percorrem mar adentro. São recolhidas e colocadas em pequenos montes junto aos apoios. Nesta zona estão também alguns barcos, este com o nome “Douro”.
A comunidade local utiliza a fonte solar para secar a roupa, o que permite sempre umas fotografias engraçadas.
Esta passagem é também utilizada pelos pescadores para arranjar as redes que quando saem do mar sofrem alguns cortes. A maioria dos pescadores sabe fazer o seu arranjo mas alguns recorrem às mulheres quando estas se encontram a estender a roupa.
A ligação das pessoas do mar aos animais é um dos pontos que marcam esta passagem por Espinho. Os cães, por norma sem raça definida vivem a vida em harmonia com os da mesma espécie e é frequente encontrar os pescadores a passear e a mimá-los ao sol.
A sombra criada entre os edifícios em madeira – de apoio à pesca – dá para criar imagens a preto e branco com algum simbolismo. Aqui dois pescadores auxiliam-se nas redes já secas.
Texto e Fotografia
Francisco Azevedo
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Francisco Azevedo: francisco.azevedo@focalpoint.pt
Pedro Fonseca: pedro.fonseca@focalpoint.pt