A conquista da Taça Libertadores e do Brasileirão ao serviço do Flamengo colocam Jorge Jesus no centro das atenções. A partir de uma análise rigorosa da sua carreira, num livro escrito por Rui Pedro Braz, vamos entender as razões por trás deste sucesso, as metodologias que o tornam tão diferente, os traços de personalidade que fazem do Mister um personagem ímpar no mundo do futebol. Jorge Jesus fará reverter os seus direitos de autor, na versão brasileira do livro, para a ala pediátrica do Instituto Nacional do Cancro daquele país.
A edição portuguesa de «Mister Jesus» chega às livrarias a 13 de dezembro, poucos dias depois de ter sido editado no Brasil o livro com o mesmo título.
Dos confrontos táticos com treinadores como Sir Alex Ferguson, Simeone, Zidane, Ancelotti, Bénitez ou Deschamps, às estratégias para travar jogadores como Cristiano Ronaldo, Messi, Ronaldinho Gaúcho, Iniesta, Ibrahimovic ou Cavani. Os maiores palcos do futebol mundial não têm segredos para Jorge Jesus, mas para lá chegar teve de começar por baixo, nos campos pelados de clubes com modestas condições.
«Mister Jesus» é um livro de futebol, sim, mas é muito mais do que isso. É a história do menino que viu o seu avô falecer ao seu lado no mais longo jogo da história, mas também do jovem que decidiu ser jogador depois de adormecer com a cara num prato de sopa. É a história do futebolista que foi convidado para ser treinador quando ainda jogava, mas também do treinador que teve uma arma apontada à cabeça num treino. Em suma, é Jorge Jesus na sua essência. Um treinador inimitável, oriundo de um futebol que já não existe e dono de um conhecimento muito à frente do seu tempo.
Conhecedor profundo da carreira de Jorge Jesus, Rui Pedro Braz apresenta-nos nesta obra um trabalho de detalhe, baseado numa investigação e análise rigorosas dos 30 anos de carreira do técnico, 52 clássicos disputados em Portugal, 124 duelos internacionais, 1121 jogos como treinador profissional e inúmeras histórias de vida que traçam um perfil brutalmente honesto e nunca antes conhecido. Porque nenhum dos seus sucessos é obra do acaso.
Para muitos considerados um homem à frente do seu tempo, António Variações completaria 75 anos no próximo dia 3 de Dezembro. Manuela Gonzaga – autora da única biografia do compositor – vai estar presente em vários eventos nomeadamente na Galiza (em Vigo) e no Minho (em Braga) em sessões de homenagem daquele que é para muitos o maior ícone pop da música portuguesa.
No dia 29 de novembro, às 20h00, a convite do Centro Cultural Português do Camões, I.P. em Vigo, a autora irá participar num grande evento que assinala os 35 anos da morte e os 75 anos do nascimento de António Variações. Trata-se de uma homenagem cinematográfica, musical e literária que decorrerá no Centro Cultural do Camões , I.P. em Vigo, nos dias 28 e 29 de novembro. Manuela Gonzaga apresentará, neste último dia, a biografia António Variações: entre Braga e Nova Iorque, sendo esta sessão acompanhada por um mini-concerto, em que serão tocados e cantados alguns temas de António Variações, reproduzidos pelo pianista Francisco Seabra e pelo guitarrista David Eusébio.
No dia 30 de novembro, Manuela Gonzaga vai até Braga participar numa conversa performativa sob a égide do sound bite de Variações Vou Continuar a Procurar e que contará, ainda, com as participações de Teresa Couto Pinto e António Pedro Lopes. Esta sessão insere-se no ciclo de atividades de homenagem a António Variações da BragaCultura 2030 e está marcada para as 17h30, no Edifício do Castelo.
…O silêncio…
Doar um pedaço de mim à ciência! Porque não? O que serei anos depois de aparecer no painel que todos param na rua central da minha cidade? Não me assusta falar da morte, embora seja das que lida pior com a perda, com a ausência, com a incerteza de haver algo mais além… Choro por quem parte, mas haverá alguém a chorar quando decidir doar em vida algo que um acto de amor me presenteou?
Porto, tarde solarenga – ainda que fria – e do céu tons de azul. A umas centenas de metros da entrada principal do Cemitério de Agramonte, por entre campas esquecidas no tempo e no sentimento, a pedra e a lápide já gasta dos anos consecutivos de sóis e chuvas, um relvado bem cuidado, jovens estudantes de Medicina, familiares, docentes, autarcas, homenageiam quem partiu tendo deixado escrito que não queriam uma vala comum, um jazigo de família – tantas vezes deserto, apenas visitado com lágrimas nos dias dos fiéis – ou então um bando de cinzas atirados ao vento naquele lugar mais especial… Foram pessoas de carne e osso, que assinaram um documento que as colocaria num teatro anatómico de uma Faculdade de Medicina, no caso – Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.
– Porque terei eu necessidade de ir para um lugar se posso ajudar a formar melhores médicos? Não há dois pacientes iguais, não há dois fémur iguais.
A cerimónia levada a cabo pelo Unidade de Anatomia – Departamento de Biomedicina da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, teve ontem o seu terceiro ano de homenagem, uma iniciativa em estreita colaboração com a Câmara Municipal do Porto, onde em silêncio, com testemunhos, flores amarelas (cor do curso) se evocam todos os cidadãos que desde 1980 contribuem para que o Programa de Doação Cadavérica da Unidade de Anatomia do Departamento de Biomedicina da FMUP. Uma inscrição numa placa metálica diz:
“A ti, cujo corpo no seu repouso foi perturbado pelas nossas mãos ávidas de saber o nosso respeito e agradecimento. Homenagem à doação do corpo humano para ensino médico e investigação”.
Em notícia divulgada há praticamente um ano, as intenções de doação cadavérica cresceram significativamente, passando de 156 doações (em 2016) para 428 (Novembro de 2018).
A cerimónia contou com a presença da Prof.ª Dulce Madeira (Coordenadora da Unidade de Anatomia da FMUP), Prof. Francisco Cruz (FMUP) que substituiu Altamiro da Costa Pereira, Filipe Araújo – Vice-Presidente da Câmara Municipal do Porto, Capelão do Serviço Religioso do Centro Hospitalar de São João, Beatriz Clement (em representação dos dadores) cuja mãe faleceu recentemente, Maria de Jesus Dantas (em representação dos estudantes de pós-graduação) e Ana Sofia Ramos (em representação dos estudantes de pré-graduação).
O certame de aproximadamente uma hora, teve momentos musicais, protagonizados inicialmente por uma violinista – aluna do primeiro ano de Medicina – e a finalizar pelo grupo de fados da Faculdade re-visitando “Verdes Anos” de Carlos Paredes e terminando com um tema original.
Terminado o processo de investigação / auxílio à educação, formação dos novos médicos na disciplina de Anatomia, os corpos entram em processo de cremação e as suas cinzas repousam no Cemitério de Agramonte. De acordo com a legislação em vigor, a intenção de entregar o corpo à ciência deve ser manifestada em vida, tendo para esse efeito – a FMUP um formulário que as pessoas podem preencher e enviar.
“… Somos todos parecidos, mas não somos todos iguais. Ensinar estudantes em pessoas reais e não em modelos é uma benesse enorme que só é possível graças ao acto de extremo altruísmo daqueles que optam por doar o seu corpo para a investigação científica…” – refere Dulce Madeira.
O prof. Francisco Cruz é sub-director da FMUP e foi em representação do director, o Prof. Altamiro Pereira.
Atentos e com algumas lágrimas a escorrer pelo rosto, estavam familiares e dadores. O jardim bem cuidado e a luz que espreitava pela copa das árvores deram ainda mais sentimento de proximidade com todos os que já partiram.
Quem também marcou presença foi Filipe Araújo – Vice-Presidente da Câmara Municipal do Porto, e com quem, de resto, a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (e em particular o Departamento de Anatomia) tem uma estreita ligação desde 2016. É graças à conjugação de esforços que os corpos já estudados passem por um processo de cremação (também na cidade do Porto) e depois depositadas no Serenarium.
José Paulo de Sousa Teixeira, natural de Marco de Canaveses sucedeu a José Nuno Silva na Direcção do Serviço de Assistência Espiritual e Religiosa (SAER) e é actualmente o capelão do Centro Hospitalar de São João (CHSJ) e teceu também umas palavras aos presentes sobre fé e o acto de amor de doar o corpo.
Enquanto um grupo de pessoas ouvia as palavras de José Paulo, o cordão humano no Serenarium se tornava mais intenso e coeso. Uma cerimónia marcada por silêncio, por olhares ao céu e à relva.
Cada tomada de palavra ou o seu términos não ecoavam palmas, era ainda mais uma oportunidade para introspecção e evocação de tamanha dádiva.
De todos os momentos, este foi sem dúvida (pelo menos para mim e para quem estava próximo) o mais próximo da dor e perda. Beatriz Clement perdeu a sua mãe há pouco mais de um mês por doença oncológica. Quis ser mais uma dadora do corpo ao teatro anatómico da Faculdade, que o seu caso fosse estudado e servisse para ajudar no futuro…
Seguiram-se palavras de Maria de Jesus Dantas – em representação dos estudantes de pós-graduação, e em seguida de Ana Sofia Ramos – dos estudantes de pré-graduação.
Graça Barros – escreveu no mural do Departamento de Anatomia as seguintes palavras que refletem na perfeição a dádiva:
Num gesto de amor universal
Desprendidos da matéria vulnerável,
À Ciência doamos, com humildade,
O que nos resta na viagem final.
Texto & Imagens: Francisco Azevedo
Informação contida no artigo: Site Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Sic Notícias, Facebook do Departamento de Anatomia.
A Escola da Quinta – junto à Secundária Manuel Laranjeira – foi o palco escolhido pela Juventude Social Democrata para um magusto e tomada de posse dos novos órgãos locais. Bernardo Lacerda fecha um ciclo deixando agora os holofotes voltados para Carolina Marques, jovem jurista formada nos corredores da Universidade de Coimbra no Verão de 2019. O convite surgiu largas semanas antes da tomada de posse e foi uma honra para a Focal Point Studio ter estado presente como parceiros digitais do evento. Numa semana marcada pela entrada em cena de Luís Montenegro a líder do partido (dia seguinte, em Lisboa) e dos primeiros debates com o novo governo, estivemos à conversa com Carolina, falámos do presente, do passado recente, dos valores, do futuro. O certame contou com a presença e discursos de Pinto Moreira, Vicente Pinto, Carlos Seixas, Bernardo Lacerda.
Perante a necessidade de ausência do evento (visita do Bispo do Porto à cidade de Espinho – Paróquia de Anta) – Pinto Moreira – Presidente da Câmara Municipal de Espinho – foi o primeiro a tomar da palavra. Perante uma plateia de jovens pediu juízo no futuro no concelho, na distrital e no país, numa clara mensagem de voto em massa nas próximas eleições (autárquicas – em 2021). Em declarações à Secção de Notícias da Focal Point, Pinto Moreira disse:
Para Vicente Pinto – Vice-Presidente da Autarquia – e actual Líder da Concelhia de Espinho – também em declarações à secção de notícias da Focal Point preferiu as seguintes palavras sobre a nova Presidente da JSD de Espinho:
A JSD terá um futuro promissor com esta equipa liderada pela Carolina Marques. Acredito na sua força e no empenho que colocará na execução das suas propostas para o concelho ao serviço dos jovens. Ela sabe que pode sempre contar comigo para defender as suas propostas e apoiar as iniciativas da JSD.
Para Bernardo Lacerda, a presença no certame laranja trouxe um misto de nostalgia mas um claro sinal de que “ser da jota é ser diferente…”, deixando no ar um perfume de boa disposição, energia e transmissão de confiança para quem iniciara agora um mandato numa fase difícil do partido.
A equipa liderada pela Carolina é composta por amigas e amigos da sua inteira confiança. Não deixem de ler a nossa agradável conversa. Quanto à Juventude Social Democrata, desejamos as maiores felicidades.
1 – Carolina, obrigado por teres aceite o repto para um balanço desta tarde de Novembro. 2019 é um ano que não esquecerás tão cedo?
Sem dúvida. Foi um ano de muitos desafios e conquistas e esta é uma delas. Assumir a presidência da JSD de Espiho é uma enorme honra e um grande desafio. Mas temos de estar preparados para o que o futuro nos reserva. Espero que 2020 seja melhor, a muitos níveis.
2 – O que significa para ti ter na plateia referências do Partido Social Democrata, não só da cidade, mas também do distrito e a nível nacional e candidato a líder do Partido, Luís Montenegro?
Significa que Espinho e a JSD Distrital de Aveiro estão unidas. Quer para mim, quer para a minha equipa, foi um gosto tê-los na plateia. São pessoas com quem crescemos a nível político e nos ensinaram muito do que nós hoje sabemos.
Relativamente ao candidato a líder do partido, Luís Montenegro, antes de ser candidato é militante em Espinho. Já era uma presença assídua nas atividades da jota. Ter correspondido ao nosso convite, significou que continuará com a relação que sempre teve com a JSD de Espinho. Ficamos naturalmente contentes com esse sinal.
3 – Que papel pode ter a JSD num momento de crise do partido? Já agora, a quem atribuis a culpa de um resultado negativo nas eleições europeias e legislativas?
A JSD é extremamente importante, os jovens também fazem do partido. Queremos que a JSD continue a ser uma estrutura determinante nas vitórias eleitorais do Partido.
Acho que o Partido só tem a ganhar com a integração de novos quadros.
Vemos os jovens alheados da política, e isso deve merecer uma reflexão. Deve-se ter atenção à abstenção e às faixas etárias que contribuíram para a mesma. Isso é que é preocupante!
4 – Chegas a presidente da Jota depois de Bernardo Lacerda. Que legado é que te é deixado? Já agora … A voz embargou quando agradeceste tudo o que ele te ensinou. É um amigo para a vida?
Conheci o Bernardo há quase 6 anos, tinha eu 16 anos. Ambos temos personalidades fortes e às vezes divergíamos nas nossas opiniões … mas o que eu sei hoje e o que me fez assumir esta responsabilidade deve-se ao que aprendi com ele. O Bernardo pensa em grande em função dos jovens espinhenses e é assim que deve ser.
O legado que me é deixado é enorme, assim como a responsabilidade. Espinho tem de continuar no mesmo patamar, se não superar as expetativas.
O Bernardo é um amigo para a vida, e eu sei que posso contar sempre com ele e ele sabe que pode sempre contar comigo e com esta estrutura que faz parte da vida dele.
5 – Tiveste neste final de tarde a companhia do teu núcleo de Coimbra. É verdade que tem mais encanto na hora de despedida? Considera que a formação na área do direito te moldou para o futuro que tens pela frente na juventude social democrata?
Coimbra é e continua a ser a minha casa desde 2015. Na hora da despedida sei que vai ter mais encanto, assim como vai ser sinónimo de saudade. Contar com os meus amigos neste final de tarde foi a “cereja no topo do bolo”. Conhecemo-nos em Coimbra e agora cada um seguiu o seu rumo no mestrado. A amizade é um dos valores que mais apreço dou e contar com eles demonstrou que o que Coimbra une, não separa.
A minha formação na área do direito tem, com certeza, um peso que me permitiu assumir esta responsabilidade. Porém acho que, além do direito, o facto de ter pertencido ao associativismo, concretamente, no Núcleo de Direito da Associação Académica de Coimbra, fez-me olhar com outros olhos para questões que outrora não percebia o impacto que tem na vida de qualquer jovem – desde fazer um simples curriculum vitae ao arrendamento jovem.
Nesse aspeto tenho o privilégio de ter uma equipa muito ativa no que diz respeito a associações de estudantes e núcleos. Estou muito ansiosa por materializar algumas ideias que temos sobre esta matéria e que resultam da conjugação das várias visões que temos do associativismo.
6 – Que princípios não abdicas?
A que mais me caracteriza, a minha sinceridade. Além dessa, a lealdade, criatividade e companheirismo.
7 – Francisco Sá Carneiro dizia que “política sem convicção é uma chatice, sem ética é uma vergonha …”. Quais são os resultados/metas a que te propões neste mandato?
Desde logo, o maior resultado a que quero chegar é criar uma rede de militantes que esteja em contacto e participe connosco. Posso dizer que, até agora, temos sido bem-sucedidos mas queremos continuar. A JSD não são só os seus dirigentes, são necessários jovens que participem com ideias e com críticas construtivas, só assim é que vamos conseguir crescer e chegar onde queremos.
Aproveitando o facto de estarmos, praticamente, todos a estudar, a nossa maior bandeira é a educação. Não quer isto dizer que não existem outras metas de outros âmbitos. Procuramos sempre discutir propostas que preencham os vários campos de atuação dos jovens e, tal como referi, em dois anos aparecem sempre ideias mais oportunas ao momento.
Efetivamente, a política sem convicção é uma chatice. É exatamente por isso que as nossas metas são ambiciosas, mas não utópicas.
8 – A proximidade com o Partido a nível local consideras ser uma mais-valia para o teu projeto?
Sem dúvida. O PSD e a JSD devem andar lado a lado, mas essa não é uma realidade em todo o país. Espinho tem muita sorte desta proximidade existir. No que depender de mim, esta relação vai continuar.
A passada sexta-feira fica marcada pela apresentação aos sócios, simpatizantes, locais, comunicação social e amantes da modalidade rainha – o voleibol na Arena Tigre. A família alvinegra mostrou-se mais uma vez – unida e apaixonada. Foi muito bonito ver o recinto composto num final de tarde, e o clube a ser uma vez mais receptivo a causas sociais. Foram entregues quatro carros (de compras) à ADCE – Associação do Desenvolvimento do Concelho de Espinho – de alimentos para ajudar as famílias mais carenciadas.
O senhor voleibol – Toninho – que se encontrava a recuperar da sua saúde no Torneio que teve lugar na Nave Desportiva – voltou ao activo e recebeu uma efusiva salva de palmas e recebeu abraços da direcção, atletas e treinadores.
Como é apanágio de um clube como o Sporting Clube de Espinho – não esquecer quem trabalha e se esforça para que o sonho não se apague – receberam e homenagearam publicamente as entidades que das diversas formas se aliaram ao clube e à cidade, como é o caso da Câmara Municipal de Espinho – representada pelo Vice-Presidente Vicente Pinto, a Delta Cafés e o espaço de fitness FitBox.
No plantel masculino sénior – houve direito a surpresas, caras novas e regressos como é o caso de João Simões e Fabrício Silva / Kibinho.
A noite fica também marcada por um encontro de voleibol entre o Sporting Clube de Espinho e o Sport Lisboa e Benfica. Embora a exibição tenha servido para apimentar a nova temporada, a verdade é que o fim-de-semana já foi a doer para as seniores femininas, agora treinadas por Tiago Rachão, tendo-se deslocado a São Mamede de Infesta, tendo perdido na decisiva negra.
Instituto Português de Oncologia, Porto
1 de Outubro de 2019
” – Tenho cancro!?” – não é bem uma questão! É antes um choque, um baque demasiado indigesto para se assimilar numa consulta num gabinete (quase todos eles em tons branco esperança mas despidos de familiaridade). Muitas destas mulheres, homens chegam à consulta depois de uma viagem de transportes públicos, de trânsito infernal e o mundo desaba. O cancro chega a muitas destas pessoas a dias do aniversário, do Natal, da festa de formatura de um filho. Ali, no edifício principal do Instituto, mesmo em frente à Clínica da Mama encontram-se imagens que prometem não deixar ficar ninguém indiferente.
“Sweet October – Reflexões de empatia sobre as marcas de uma batalha” é da autoria e responsabilidade de Ana Bee, que entre sorrisos, abraços e lágrimas recebe amigos, familiares e perfeitos desconhecidos que fizeram questão de marcar presença. A exposição – em que todos/as posaram sem reserva ou preconceito – estará patente até ao próximo dia 31 no átrio principal da unidade hospitalar. Todos os modelos são reais! Não há makeup, sets de passadeira vermelha! O negro no fundo, o rosto esbranquiçado e o olhar inundado de sentimentos: da esperança ao medo.
Paula, Lucinda, Ana, Ivete são todos nomes verídicos que lutam com todas as forças para não fazerem parte da estatística. Agostinho também esteve presente, e sorridente.
No meio de tantas consultas, exames, radiações, sessões de quimioterapia e cirurgia, viver com menos uma parte do corpo era o “menor” dos problemas. Ivete chega sorridente, tal como na sessão, posa para o Pedro com uma amiga junto ao seu retrato. A empatia tem nomes, rostos, signos e feitios. Um projecto que engloba fotografia, palavras e emoções. Nomes que de certo todos conhecem da cultura quiseram “… pintar a minha vida de todas as cores…” deixaram o seu contributo e cada rosto tinha um poema, um pedaço de canção, uma prosa definida.
Ali, contam-se quinze histórias diferentes, quinze rugas, quinze cicatrizes, quinze idades. No aglomerado de emoções cruzam-se batas, numa mesa junto ao vidro flores brancas e marca-livros com uma frase de Albert Camus que leva toda e qualquer alma a viajar para lugares melhores, jardins encantados, fins de tarde ensolarados na companhia da família… “… e no meio de um inverno eu finalmente aprendi que havia dentro de mim um verão invencível…”.
Maria da Conceição posa junto ao seu retrato, o diagnóstico chegou no mês do natal de 2016, não esconde a emoção e abraça uma amiga jovem de cabelos loiros soltos pelas costas. Não se ensaiam grandes discursos, as palavras todas vão de encontro aos afetos, aos sorrisos, aos olhares de esperança e de que tudo ficará bem! Mas nem sempre fica…
Para Ana Lopes, a poesia de Suzy Silva assenta na perfeição das emoções que viveu:
Tenho lágrimas que não choro
Por serem sonhos guardados
Mas tenho a vida que vivo
Tenho na alma um eterno fado
Ali, em poucos metros quadrados cruzam-se histórias de vida, uma delas com três episódios de cancro em três fases distintas da vida: 2003, 2007 e 2016.
A manhã do primeiro dia de Outubro ficará para sempre eternizada numa imagem, uma imagem carregada de sorrisos e esperança. Aos que partiram resta a saudade e as memórias.
Na gíria futebolística diz-se que “Em equipa que ganha, não se mexe…”. E foi isso que ficou provado pelo quinto ano consecutivo nos gramados do Oporto Golf Club, na freguesia de Silvalde – concelho de Espinho. Tal observação foi feita e com uma certa dose de estupefação pelo tempo passado e oportunidades vividas – por Manuel Violas – Presidente do Oporto Golf Club. Nos últimos dias da semana, os dezoito buracos do clube mais antigo da Península Ibérica e dos mais carismáticos links do mundo, os/as melhores da modalidade disputaram o Título Nacional.
Com S. Pedro a aparecer na última tarde de verão, a zona verde do Restaurante (antigo Putting Green) foi o cenário escolhido para a distribuição de prémios aos vencedores do Campeonato Nacional de Portugal (vertente masculino e feminino) e ao evento que se realizara horas antes – o Pro-Am – uma oportunidade de ouro para conviver e jogar na formação de profissionais.
O dia fica também marcado pelo reconhecimento público e homenagem por parte do Oporto Golf Club ao homem que comandou os destinos da PGA Portugal – José Correia – papel esse que deixa com sentimento de dever cumprido e embargo na voz, aliás, todos os atletas que receberam o troféu não quiseram deixar de lado o trabalho de Zeca.
O Município de Espinho – Parceiro Oficial do torneio – esteve representado pelo Vice-Presidente da autarquia – Vicente Pinto – também ele responsável pelo pelouro do desporto. Deu as boas-vindas aos atletas, treinadores, parceiros referindo o orgulho que tem em ter na cidade um clube e organização que muito tem contribuído para o desenvolvimento da actividade a nível escolar. Fez ainda uma referência à zona nobre da cidade que se encontra em fase de construção do projecto RECAFE e ao que no futuro trará de bom, não só aos locais mas também para quem visita a cidade – recorde-se que para breve abrirá o troço que permitirá ligar o Edifício Progresso à Rua do Golfe.
Na vertente dos Séniores, a vitória sorriu a Joaquim Sequeira (conceituado treinador do Clube de Golfe de Vilamoura) com um resultado total de 155 pancadas (+13), entregando um cartão com 74 e 81. Em declarações ao canal de comunicação parceiro da Federação referiu que “… Para mim é mais uma questão de convívio do que ganhar…”, levando para casa um prémio monetário no valor de 500€. Alan Lopes – brasileiro de nascença mas a viver em Portugal – ficou em segundo lugar a uma pancada de Joaquim Sequeira arrecadando 300€, enquanto que o campeão nacional de seniores do ano passado – José Dias terminou em terceiro a duas pancadas do vencedor, levando assim um cheque de 200€.
A melhor golfista de sempre (no curriculum com três Campeonatos Nacionais Amadores) e agora já com quatro sucessos no Campeonato Nacional de Profissionais – Susana Mendes Ribeiro foi a grande vencedora – descolando agora de Mónia Bernardo – que tinha três títulos. Susana tem agora quatro títulos e a prova em Espinho não foi “um passeio no parque” visto que na entrada para a última volta tinha uma desvantagem de quatro pancadas de Sofia Barroso Sá – n.º 1 do Ranking Nacional BPI (para amadores da FPG), liderou durante duas voltas mas com o mau tempo no sábado assinou a pior volta com 82 pancadas (11 acima do par). Susana Ribeiro (campeã em 2015, 2016 e 2017) venceu com 230 pancadas (17 acima do par, com rondas de 71, 81 e 78) arrecadou um cheque de 750€. Sofia Barroso (atleta da Quinta do Peru Golf & Country Club) também apresentou o mesmo score (70+78+82) mas não houve direito a playoff por ser ainda amadora.
Para Susana Ribeiro em declarações ao canal de comunicação da Federação: “… Esta vitória é muito importante porque é o único torneio que tenho da minha categoria no circuito da PGA de Portugal, é muito importante ser campeã nacional e dá sempre confiança para o resto da época…”.
Na vertente masculina, a sorte voltou a sorrir a Tomás Silva – que mostrou mais uma vez conseguir lidar com a pressão da defesa de um título e venceu pelo segundo ano consecutivo o Solverde Campeonato Nacional PGA (13.400€ em prémios monetários), mas teve de se aplicar a fundo para apresentar uma vantagem de 5 pancadas sobre os mais directos rivais. A liderar desde o primeiro dia (quinta-feira) a chuva e o vento afectaram bastante a última jornada, o que permitiu a Tomás gerir a vantagem e impossibilidade de aproximação de Ricardo Santos (o melhor português nos rankings mundial e olímpico) com 212 pancadas empatado com Miguel Gaspar. Tomás Silva entregou um score de 204 pancadas – após voltas de 63, 69 e 72.
O Gabinete de Comando do Corpo de Bombeiros do Concelho de Espinho fez chegar – hoje às 13:37 – um e-mail com informações relativas à atividade de verão nas praias do Concelho e do auxílio que foi dado recentemente em Ovar. Transcrevemos na íntegra a nota que nos foi enviada, bem como a tabela resumo da segunda fase e as imagens das homenagens à comunidade piscatória e operacionais envolvidos.
TERMINOU ONTEM A FASE REFORÇO OPERACIONAL NÍVEL II DO DISPOSITIVO DE SALVAMENTO AQUÁTICO (DSA), A FASE DE MAIOR EMPENHAMENTO, COM UM TOTAL DE 48 INTERVENÇÕES EM TRÊS MESES, 5 DAS QUAIS SALVAMENTOS DE NÁUFRAGOS. A COMUNIDADE PISCATÓRIA E OS INTERVENIENTES FORAM HOMENAGEADOS.
O DSA do Corpo de Bombeiros do Concelho de Espinho iniciou a sua atividade este ano, na altura das Competições de Surf que decorreram em abril. Contudo, a fase de maior empenhamento operacional corresponde à época balnear que se iniciou a 15 de junho e que terminou ontem (15 de Setembro).
Durante esse período asseguramos a presença diária na linha de água de uma equipa composta por três bombeiros com formação altamente especializada em salvamento aquático, e que operaram diariamente entre as 10h00 e as 18h00 uma mota de água de salvamento e uma mota 4×4. O pessoal e os meios estiveram pré-posicionados na Praia dos Pescadores em Silvalde e operaram a partir daí para toda a frente de praia do concelho. Realizaram ainda uma operação em Esmoriz a pedido da Capitania do Porto do Douro.
Estes meios intervieram em praias não vigiadas e em praias vigiadas a pedido dos nadadores salvadores que prestaram serviço nesses locais. Tudo foi organizado para que a resposta fosse sempre a mais rápida possível e no sentido de conseguir operar dentro da curta janela de oportunidade de um náufrago.
O DSA prestou ainda assistência a diversas situações de emergência pré-hospitalar que se verificaram nas praias e nas zonas próximas, incluindo duas situações de paragem cardiorrespiratória.
Na sequência do elevado sucesso operacional, foi atribuído pelo Comandante um louvor a todos os bombeiros que implementaram e asseguraram o DSA.
Também 5 membros da comunidade piscatória foram homenageados pelo “importante e genuíno apoio”, nomeadamente logístico, que têm vindo a prestar desde o início do ano. Foi por isso um justo e merecido reconhecimento a ambos.
Este dispositivo surge na sequência de um protocolo estabelecido com Câmara Municipal de Espinho em que o município assegurou a aquisição de uma mota de água de salvamento, de uma mota 4×4 e dos respetivos equipamentos de operação, ficando o Corpo de Bombeiros com a responsabilidade de garantir a operação através dos recursos humanos devidamente capacitados.
É um dispositivo permanente, com diferentes graus de prontidão em função das condições meteorológicas, mas mobilizável todo o ano. O balanço operacional desta fase consta da tabela em anexo.
Entrega de nota de louvor aos profissionais que fizeram parte do dispositivo.
Foi-nos também disponibilizado uma imagem da salva entregue ontem – dia 15 na Praia dos Pescadores.
Em anexo encontrava-se também a tabela onde pode ser consultado o número de ocorrências entre os meses de Junho e Setembro. Ao Comando e Corpo de Bombeiros do Concelho de Espinho a Focal Point Studio agradece a estreita relação, reiterando a nossa inteira disponibilidade para ajudar no que for preciso.
Para que uns se possam divertir em segurança, com família e amigos há pessoas – muitas vezes sem rosto visível – a dispor do seu tempo num quarto de hotel no oitavo andar transformado em Posto de Comando Operacional. Se dúvidas houvesse quanto à capacidade de organização de um evento com concertos e momentos para todas as idades, essas ficaram dissipadas na véspera e arranque da Segunda Edição do Reveillón de Verão. Um evento que teve a sua estreia no ano transacto com o apoio do Grupo Solverde e Super Bock Group. Depois de Ludmila e uma enchente como nunca vista, o protagonismo de 2019 foi dividido em espaços como a Piscina Solário Atlântico (22h), a Esplanada da Baía com os DJ´s Nuno Luz da Rádio Comercial e DJ Disca Riscos (sexta-feira) e a Avenida Maia & Brenha com MC Kekel do Brasil e a portuguesa Blaya.
O dispositivo montado nas noites de 30 e 31 de Agosto – uma parceria com a Protecção Civil, o Corpo de Bombeiros do Concelho de Espinho na pessoa do seu Comandante Pedro Louro, o Instituto Nacional de Emergência Médica e a Polícia de Segurança Pública na pessoa do seu Comissário Manuel Santos.
Faltavam poucos minutos para a uma hora da manhã quando ao oitavo piso do Hotel Praiagolfe chegou o Presidente da Câmara Municipal – Pinto Moreira acompanhado pelo vereador da Protecção Civil – Quirino de Jesus.
A visita de alguém que abre as portas da cidade a um evento desta grandeza foi sinónimo de visita guiada e explicação detalhada do dispositivo que o Corpo de Bombeiros de Espinho montou para a ocasião com mais de noventa operacionais, mais de metade deles pré-posicionados no local do evento contando ainda com o apoio dos Corpos de Bombeiros de Esmoriz, Feira, Lourosa e Ovar, cada um com uma ambulância de socorro. Pedro Louro explicou ainda que no quartel permanecia uma equipa pronta a responder a diversas ocorrências e que se poderiam deslocar para o local do Reveillón caso fosse necessário.
À Focal Point Studio – na pessoa do Francisco Azevedo – o Comandante Pedro Louro referiu oito situações / ocorrências que foram resolvidas de imediato no local pelos meios que se encontravam no terreno. Desde o início do Reveillón até ao seu término uma moto 4 dos Bombeiros percorreu o extenso areal.
O Instituto Nacional de Emergência Médica fez-se representar por um Enfermeiro e um TEPH, a Polícia de Segurança Pública com um dispositivo de aproximadamente trinta elementos. Para que as comunicações decorressem sem problema, foi criado um grupo no WhatsApp e aquando da nossa passagem era constante a troca de informações.
Variações “à parte” percebi ontem (quinta-feira) o porquê deste filme ter entrado para o TOP nacional de ingressos vendidos. Uma interpretação sublime sobre aquele que foi para muitos um “Avatar” muito além do seu tempo. António nasceu no norte do país, no seio de uma família humilde, trabalhou contra sua própria vontade numa fábrica mas a sua verdadeira paixão era a música. Todo ele era música, mesmo em pequeno aproveitava as romarias da sua pequena localidade e escutava atentamente os sons. Na fábrica de madeiras onde era explorado um dia dizia a sua mãe que queria ir para Lisboa. António era apaixonado pela voz de Amália Rodrigues e as canções que escutava na rádio eram o momento alto, não só dele mas também dos que trabalhavam as madeiras.
António rumou à capital, fez-se aprendiz de babeiro e tentava a sua sorte na música, gravando pequenas maquetes na casa-de-banho pois gostava de ouvir a sua voz com eco. Quem espera que neste filme se retrate tudo aquilo que foi a vida de Variações além música vai ficar aquém das expectativas. Habituado que já estou a filmes portugueses no grande ecrã, o anterior foi “Bad Investigate” no Festival de Cinema de Arouca, este conseguiu-me manter colado ao ecrã da sala do UCI Arrábida (óptima moldura humana na sessão das 21:45), não só pelo ritmo da história mas também magia e simplicidade como criava as suas próprias canções. Não tendo sido ele músico tornava-se um desafio constante encontrar músicos capazes de o entender. A sua voz não passou despercebida a um homem da rádio numa noite na Holanda. António era aos olhos de então um “outsider”, nunca fumou nem nunca bebeu álcool.
Regressa a Portugal uns anos mais tarde para acompanhar a mãe no momento difícil da morte do seu pai. Falou sobre a sua experiência na Holanda e quando a sua mãe perguntou se era feliz ele disse:
– Eu não sei se nasci para ser feliz…
Naquela que seria apenas mais uma noite de boémia e música, António reencontra uma antiga paixão – Fernando (Filipe Duarte) – que deixou sem avisar quando rumou à terra da laranja mecânica. Estava feliz com a sua mulher, Rosa, papel algo “secundário” para uma atriz como Victoria Guerra. Dali surge uma frase que para mim resume a atitude e impacto de António Variações na sociedade portuguesa da altura:
– E quem é que te disse que eu me vou adaptar a Lisboa? Lisboa é que vai ter de se adaptar a mim.
Correu mundos e fundos em busca de músicos até que se cansou de esperar e ter alguns elementos a ver na música um passatempo. António levava a música como uma profissão, a sua forma de vestir, de cantar, de sentir faz mesmo acreditar que existem pessoas deslocadas do tempo. Assinou contrato com editora, gravou um disco do qual não gostava e quis fazer à sua maneira!!! E foi aí que reencontrando uma antiga banda se mostrou ao mundo. Tem decorrentes pesadelos com salas vazias e com Amália Rodrigues na Aula Magna e a frase:
– Agora já posso morrer feliz… – acordando em sobressalto no carro. A doença de António nunca é descrita no filme, o médico diz-lhe que precisa de fazer mais uns exames e que até lá precisa de repouso. António disse que cancelará todos excepto dois. Prometera a Fernando dar um concerto inesquecível na sua nova discoteca “Trumps” e actua perto da sua terra natal com a mãe a assistir.
Morre em Lisboa no regresso ao apartamento e em fundo o som dos beijos e Amália.
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