A rua 33 é uma auto estrada para muitos automóveis. Cenário dantesco com bombeiros do concelho de Espinho a retirar os ocupantes das viaturas. 5 Feridos sendo que dois se encontram em estado grave um ocupante já foi transferido para a unidade hospitalar de Vila Nova de Gaia / Espinho. O veículo que vinha da rua do Porto não parou no stop que existe há muitos anos.
Este ponto de passagem para a freguesia de Silvalde é muitas vezes palco de acidentes porque os utilizadores confiam na própria sorte. Esta noite dezenas de pessoas acorreram ao local para onde de resto se mobilizaram quatro ambulâncias, um carro de desencarceramento, uma viatura de reanimação e emergência médica de Vila Nova de Gaia e a Polícia de Segurança Pública.
Pelas onze e cinquenta e nove – hora em que abandonámos o local – um ocupante do veículo azul ainda se encontrava em situação de encarceramento. Pedro Louro refere que as vítimas foram retiradas ao fim de cinquenta minutos. Um dos veículos tinha três vítimas, e o outro veículo duas sendo que uma saiu pelo próprio pé. Do veículo azul foi necessário fazer a extração da vítima pela parte traseira. A primeira ambulância a chegar ao local fez a triagem e escolha da vítima que lhes parecia mais grave. 21 operacionais e 10 veículos.
Sempre sonhei descobrir a playlist que Chico Buarque tem em casa. Sempre ambicionei saber um bocadinho mais de música para além das canções tradicionais / comerciais. Há não muito tempo atrás, recebi um convite para assistir a um concerto ao início da noite num espaço aprazível e agradável na minha cidade de Espinho. O cartaz convidava a uma bebida quente e a uma dose extra de respeito pelo músico. Qualquer músico (dos verdadeiros, aqueles com M maiúsculo) merece estar num espaço a actuar e o público presente (que escolheu estar naquele espaço àquela hora respeite o seu momento).
O concerto chamar-me-ia para uma introspecção, um recolhimento, um re-acreditar na música. À minha frente, e sem nada mais que uma voz doce e um violão afinado se encontrava Sarah Dhy – nascida na cidade de Vitória da Conquista, localizada no estado da Bahia. Foi criada em Cabo Frio no estado do Rio de Janeiro e mora atualmente em São Pedro da Aldeia – também no Rio de Janeiro. Foi convidada pela LITERARTE (Associação de Escritores e Artistas com Sede no Brasil e sub-sedes em 18 países) para participar de uma antologia infantil com o tema “A Vida no fundo do mar” com lançamentos no Carrossell do Louvre em Paris e no Instituto Camões em Praga – República Checa. Aceitou o convite e participou com a fábula “As aventuras do bebé de smoking”. Logo depois surgiu o convite para cantar no lançamento e preparou um repertório infantil corrente ao tema da antologia.
Em conversa com a presidente da LITERARTE Izabelle Valadares perguntou sobre a possibilidade de agendar concertos em Praga e Paris pois queria aproveitar a oportunidade e trazer para a Europa um repertório que fez em comemoração aos 60 anos da Bossa Nova (2018).
fotografia ©️ Ronaldo Miranda Fialho
O fim-de-semana de 24 e 25 de Novembro ficará na memória dos atletas, treinadores, dirigentes e adeptos do tigre alvinegro. Antes de mais – e saindo da modalidade que nos traz aqui hoje – a disputa de uma jornada decisiva na Taça de Portugal a oito quilómetros da Arena frente a um poderoso Boavista, que nos primeiros cinco minutos fez dois golos. O Sporting Clube de Espinho ficou assim eliminado do torneio que termina sempre em Maio / Junho no Estádio Nacional em Oeiras.
O sábado fica marcado por um derbi entre as duas equipas da capital do voleibol, a equipa liderada por Alexandre Afonso mostrou as garras frente a uma Associação Académica de Espinho que luta atualmente para não descer a um escalão inferior, trazendo do Pavilhão Arquitecto Jerónimo Reis o resultado máximo (3 – 0).
A equipa senior feminina recebeu a equipa de São Mamede de Infesta (F. C. Infesta) e até começou bem, com o primeiro Set a fixar-se num esclarecedor 25-17. O início do segundo Set – tal como se previa nas bancadas – fora um pouco mais renhido no início mas depois as pupilas de Sérgio e Eduardo dispararam com a boa prestação e distribuição das suas líberes – Filipa Teixeira e Cristiana Correia, fechando o placar em 25-19. O tempo técnico para troca de campo foi benéfica para a equipa que viajou do concelho de Matosinhos e venceu por uma vantagem de três pontos, resultado que aliás se verificou no quarto set.
Com o resultado a mostrar um empate foi imperativo limar arestas na mudança de campo por parte dos treinadores alvinegros mas a equipa da casa não foi capaz de se voltar a encontrar e perdeu a negra por cinco pontos. Recorde-se que até esta jornada, a equipa tigre só tinha sofrido duas derrotas: frente ao Sporting Clube de Portugal e o Aves – que se encontra no topo da classificação.
A época ainda agora começou e falta muito ponto em disputa…
Há recantos em que já te encontro,
Há becos em que me perco
E quando a memória se esquecer
Há imagens ao entardecer
Ao teu cais me atraco
Seguro estou que o meu barco
Se mantenha intacto por mais uma noite
Vamos zarpar amanhã?
Podia ser uma aguarela
Ao fim e ao cabo
Ela era minha
E eu, dela
O João, se fosse vivo faria hoje dez anos. Talvez não seja pior fazer um delete das primeiras palavras e dizer: o João, hoje comemorou dez anos. Conheci-o num longo percurso pelos corredores do Instituto Português de Oncologia do Porto – IPO – em 2016 mas antes já ouvira falar dele pelo fotógrafo amigo Jorge Castro. Se não fosse o Jorge o João não teria tido a oportunidade de ser modelo. E que olhos ele tinha! Eram azuis, cor de céu e mar. A paixão pela vida era tanta e ajudar estava-lhe no sangue que todos os dias em que entrava naquelas portas envidraçadas exclamava a toda a gente:
– Ora bom dia para si também!
O olhar atento do João perante todos permaneceu intacto até o dia em que partiu, era uma criança que sorria ao invés de chorar. Quando se colocou a hipótese de voltar para casa decidiu por vontade própria voltar para junto dos seus e fazer tudo o que tinha previsto. À sua pediatra assistente que foi incapaz de conter a emoção durante a manhã de hoje no Auditório Azul do IPO do Porto, recordou o momento em que o João lhe disse:
– Um dia vou ser médico e vou ficar no seu lugar.
Conheci o João no corredor da pediatria, bem disposto, sorridente – claro! – e sem máscara. Semanas depois na televisão – TVI – a mãe dizia com esperança no olhar – se Deus quiser, para o ano estaremos livres do IPO. O João faz hoje anos e as madrinhas fizeram questão de vestir camisola branca e recordar os momentos do João, quer no hospital quer em casa. Criou o seu próprio consultório para livrar os seus das doenças e nunca desistiu. As enfermeiras, as educadoras, as auxiliares recordam-no agora em livro brilhantemente escrito pela Rita Soares. De voz embargada disse:
– O João foi um mensageiro. Despediu-se de toda a gente e fez o que quis.
Dos testemunhos mais emotivos foi o desta amiga do João. Recorda-se que um dia passou-lhe pelas mãos um livro entitulado “Nunca tive jeito para chorar” da mesma autora do “Desafio de uma criança com cancro” mas ela – diz – é para o que tem mais jeito. Acompanhou o João e os pais: o pai Herói e a mãe Coragem. Organizar um evento de apresentação do livro no dia de aniversário do João não é para todos e eles conseguiram-no. Foi bonito ver naquela sala médicos, auxiliares, voluntários e no fim todos cantaram os parabéns ao João. No dia em que se despediu de vez do IPO o João reparou que as cadeiras de rodas onde o colocaram eram velhas e pouco confortáveis. Pediu à mãe que escrevessem o seu livro, a sua história, a sua missão de oito anos na terra e com o dinheiro entregassem ao Instituto Português de Oncologia cadeiras novas.
– Viveu mais do que qualquer adulto com cem anos… Bem, cem anos estou a exagerar – disse uma das madrinhas.
O Instituto Português de Oncologia fez-se representar por um membro do Conselho de Administração, Dr. Ilídio. Falou sobre a instituição e como doentes como o João Pedro são um exemplo de coragem, assim como os pais que continuam a ter uma ligação próximo ao IPO.
A outra madrinha do João Pedro – nascido em Pedroso – Vila Nova de Gaia – optou por ler uma passagem do livro.
A pediatra assistente (orgulhosamente até ao fim) como diz no livro recordou o doente que teve pela frente, o caso era dos mais graves (abdomiossarcoma nas paredes do abdómen). “…O João tinha a elevada missão de nos fazer reflectir e sensibilizar para causas que vão para além das fronteiras que nos impomos. Estará, agora, nas nossas mãos, dar seguimento à missão do João Pedro…”.
Na imagem a médica – Ana Maia Ferreira que acompanhou todo o caso do João Pedro. Recorda uma criança corajosa, sorridente.
Os pais do João: Pedro a Ana – ou como os tratam – o pai herói e a mãe coragem fizeram questão de recordar o filho, aproveitando para ler uma passagem do livro. Um dos momentos mais marcantes da apresentação. Felizes os que o tiveram por perto. Ficará na memória eternizado em livro, cento e quarenta páginas de episódios que prometem não deixar ninguém indiferente. A nós… não deixou!
Um Abraço , João!
Dezasseis e dezassete de Novembro ficam marcados na vida das atletas e das centenas de pessoas que encheram a bancada de um simpático pavilhão no centro da cidade de Aveiro. A equipa do Alavarium Love Tiles recebeu o ZRK Krivaja da Bósnia para uma jornada dupla a contar para a EHF Challenge Cup e a equipa da casa venceu nas duas ocasiões, no sábado por um resultado mais expressivo – 35 vs 17 – e no domingo por 26 vs 20.
A Focal Point Studio viajou pela primeira vez até ao pavilhão situado na Rua Jaime Moniz paredes meias com um Liceu e foi extremamente bem recebida, tendo na segunda parte tido acesso ao recinto de jogo para fotografar num plano ainda mais apelativo.
O momento que antecedeu o apito inicial fica marcado pela entrada das atletas seniores (muitas delas estudantes universitárias) com as que serão daqui a uns anos atletas com a mesma raça e entrega. O jogo foi sendo pautado por momentos de muito bom nível mas também por alguma agressividade que levou a pelo menos um cartão vermelho a uma atleta visitante.
A formação de Aveiro teve várias oportunidades para dilatar a vantagem mas pela frente encontravam os braços e pernas de uma guarda-redes inspirada que levou também a imagens esclarecedoras.
A Focal Point Studio vem por este meio realçar a atenção da camisola número 4 – Carolina Loureiro – de ter tido a amabilidade de no final do aquecimento nos ter oferecido a camisola que estará em destaque no nosso gabinete. Quanto ao resto da temporada não faltarão oportunidades para voltarmos a um espaço onde fomos bem recebidos. De realçar ainda a presença do executivo camarário nesta jornada europeia, nomeadamente o seu presidente, Ribau Esteves.
Ala Girls!!!
Tal como vem acontecido nas últimas jornadas, a equipa sénior feminina do Sporting Clube de Espinho recebeu, venceu e convenceu frente a um sempre temido Ginásio Clube Santo Tirso.
A família tigre comemorava 104 primaveras, e a jovem atleta Inês Vitó também. Depois de um primeiro e segundo Set a fotocópia com parciais de 25 – 16, a equipa de Sérgio foi surpreendida com um 23-25, tendo mais uma vez entrado a perder com um significativo 0-4.
O jogo foi bem disputado e o ambiente tipicamente alegre por elementos dos Desnorteados – desta vez no Pavilhão 2 – visto que a Nave Polivalente na Zona da Arena Tigre estava com problemas de infiltração, o que no ano passado levou à transferência do jogo entre o Sporting Clube de Espinho e o Sport Lisboa e Benfica para o Pavilhão Arquiteto Jerónimo Reis.
A utilização das duas líberos – Cristiana Correia e Filipa Teixeira – foi determinante para a obtenção de pontos e a garra demonstrada por ambas foi bom de se ver. A equipa liderada por Sérgio – ou carinhosamente tratado por Serginho – está cada vez mais entrosada e o sonho de chegar ao principal escalão da modalidade ganha forma a cada jornada.
A tarde cinzenta não afastou do Pavilhão nº 2 da Nave Polivalente o público que por diversas vezes mostrou o seu desagrado com os constantes pedidos de explicações do principal árbitro da capitã do Ginásio Clube de Santo Tirso. Faz parte do jogo e é permitido até um certo ponto. O homem do “apito” entendeu nunca mostrar um cartão, ficando-se pelas advertências à atleta que envergava a camisola 4.
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