Tem razões para sorrir, este jovem tigre! A formação de Ricardo Lemos e Leonel Rosa escreve neste diferente ano de 2021 uma história bonita, com pretensões e desejos de subida. Depois de uma viagem ao Arquipélago da Madeira para defrontar um dos principais adversários e candidatos ao título e consequente subida ao principal escalão, o Sporting Clube de Espinho teve neste fim-de-semana jornada dupla, com poucas horas de descanso entre os dois jogos (Lusófona e ADRE Praiense), mas nem por isso deixou de haver espaço para o espraiar de espírito de tigre. O fim-de-semana fica ainda marcado pelo regresso ao pavilhão (Arena Tigre na Nave Polivalente de Espinho) de público, e entre os presentes, a amiga e ex-atleta Rita Brandão, que não perdeu a oportunidade para matar saudades e apoiar as suas babes.
A equipa entrou bem, descolando no marcador, resolvendo o primeiro set em cerca de vinte minutos, com um parcial de 25 – 12. Na troca de campo, a equipa visitante proporcionou melhores momentos, obrigando a equipa da casa a “dar corda” às sapatilhas, impulsionadas pelo som de palmas e tambor, deixando assim de parte os meses de quase completo silêncio. O jogo de sábado contou com maior assistência (diante da Lusófona) embora estivesse marcado para a mesma hora do segundo jogo de Portugal no Euro 2020. O segundo set teve sensivelmente o mesmo tempo de jogo, com o Sporting de Espinho a vencer por 25-22.
O terceiro set e já com o pensamento nos três pontos, a turma tigre voltou a estar bem em campo, fechando a contagem a seu favor por 25 – 19. Depois de uma derrota no sábado diante de um outro líder (0-3) a turma de Ricardo Lemos continua a depender de si própria para escrever uma história bonita no final da temporada.
Formação do Sporting Clube de Espinho:
Formação do ADRE Praiense:
O Sporting Clube de Espinho recebe no próximo domingo – dia 27 – o Ala Nun´Alvares Gondomar pelas 17horas.
Em “As regras da sensatez”, Carlos Tê escreveu em tempos “… Nunca voltes ao lugar, onde já foste feliz / Por muito que o coração diga / Não faças o que ele diz…”, mas tal canção do álbum “Lado Lunar” não se aplica à família Tigre, embora tenha motivos para andar perto da lua, especialmente, a equipa sénior feminina.
Depois de um interregno de algumas semanas entre o final da primeira fase e a não realização de um último jogo diante do CNG de Lisboa – por não alterar em nada a classificação – o seis base de Ricardo Lemos regressou com a mesma energia e alegria à Arena Tigre, onde recebeu um velho conhecido – Ginásio Clube de Santo Tirso – mas não entrou bem em jogo.
Embora com um início de primeiro set equilibrado, a equipa visitante descolou no marcador e fechou com um parcial de 19 – 25. A troca de campo e desinfecção obrigatória fruto da pandemia que ainda se vive – serviram para que alguns pontos se moldassem entre a equipa técnica e quem estava em campo e no banco (prontas para ajudar).
O segundo set foi bem mais equilibrado e com a equipa da casa a querer mostrar ao que vinha e aos seus sonhos – a da subida ao principal escalão da modalidade – fecharam as contas pelos mesmos números do primeiro.
Um jogo de voleibol entre os dois emblemas é sempre diferente, e no desporto (geralmente) surge o factor trabalho diário, e face aos factores motivacionais, a equipa alvinegra foi atrás dos primeiros dois pontos, e a equipa visitante mostrou que não veio à cidade para ver o mar, demonstrando qualidade em vários momentos do jogo, coesão, garra.
O terceiro e quarto sets foram retirados a “papel químico” com o tigre a inscrever um duplo 25 – 20. Ao momento da publicação, a equipa de Ricardo Lemos prepara as malas para uma viagem até meio do Atlântico para defrontar o C.S. Madeira.
Com este resultado (3 – 1) a turma tigre está nos primeiros lugares da classificação (top 3), juntamente com a Lusófona e o C.S. Madeira.
Texto e Fotografia: Francisco Azevedo
Depois de uma vitória a meio da semana frente a um eterno rival, o Esmoriz Ginásio Clube, o Tigre voltou a mostrar as garras recebendo ao início da tarde de domingo o Ala de Gondomar, um jogo que teve (na mesma hora) ruídos e silêncios, desde logo pelo auxílio no ambiente alvinegro de Vitor Gomes, e depois por um momento arrepiante protagonizado pela camisola n.º 4 do Ala, que ao tentar defender uma bola embateu com a cabeça com violência no chão, deixando preocupados todos os intervenientes, a começar pelas companheiras de equipa e familiares presentes na bancada central da Arena Tigre.
Depois de uma semana com três pontos conquistados na noite de quarta-feira, a turma de Ricardo Silva quis manter a senda de bons resultados mantendo assim intactas as aspirações da subida no final da temporada, e aplicou-se com afinco perante a equipa treinada por Fábio Martins – o Ala Nun´Alvares Gondomar – que demonstrou competência no primeiro e segundo set. O primeiro parcial fechou com 25 – 22 e o segundo 25 – 21.
De acordo com as informações disponíveis no site da Federação Portuguesa de Voleibol, o Sporting Clube de Espinho em sete jogos conseguiu 18 pontos (6 vitórias e uma derrota), mantendo assim por perto o líder Lusófona Voleibol Clube (invicto). O tigre tem agora uma viagem até ao concelho de Matosinhos para defrontar a Associação Académica de São Mamede (próximo dia 15 pelas 16h).
O Sporting Clube de Espinho trouxe até à Arena Tigre:
O Ala Nun´Alvares Gondomar trouxe até à Arena Tigre:
Foi um regresso, já com muitas saudades ao Pavilhão que é casa do Tigre da Costa Verde. Se a saudade dos sorrisos e boa onda das seniores era significativa, o que dizer de um jogo entre duas equipas com história no torneio que faz de casa durante 6 dias a AMB, torneio organizado por Miguel Maia e João Brenha (tristemente interrompido há dois anos por força da pandemia) o Ginásio Clube de Santo Tirso. Com aspirações de primeira, Ricardo Silva e Pedro Mesquita elegeram o 6 base e proporcionaram um jogo bonito e bem disputado na Arena Tigre.
Quem regressou ao clube alvinegro, depois de uma passagem com sabor a vitória pela AJM / FC Porto foi Bárbara Pauseiro (Babi – camisola 9) e que auxiliou com serviços bem colocados e remates certeiros. O primeiro set sorriu ao tigre, assinando um parcial de 25 – 23. A troca de campo não foi benéfica à equipa visitante, embora se tenha assistido a excelentes trocas de bolas, equilíbrio de parte a parte e – alguns erros não forçados.
O terceiro set mostrou um Ginásio Clube com outros argumentos e a mostrar toda a sua competência e vontade, a turma de Pedro Mesquita caminhou na parte final para a serenidade com um parcial de 19 – 25. O jogo que contou com transmissão via Facebook do Sporting Clube de Espinho (isto porque ainda não é possível receber público em qualquer evento desportivo) alcançou cerca de 850 pessoas e mostrou um tigre com vontade de levar de vencida a equipa de Santo Tirso, fechando a contagem em 25 – 19.
Equipas Oficiais
Sporting Clube de Espinho (Treinador: Ricardo Silva)
Ginásio Clube Santo Tirso (Pedro Mesquita)
Nunca senti peso e nenhum tipo de pressão por causa do meu apelido. Mas sabes o que senti e ainda sinto todos os dias? Um orgulho imenso. Isto porque o meu tio, o meu avô e o meu pai sempre me acarinharam bastante e nunca me fizeram sentir que tinha algo a provar. Se eu conseguir fazer um vigésimo do que eles fizeram no desporto para mim é motivo de orgulho. Cresci a ouvir mil e uma vezes as histórias do meu tio e do meu avô que me faziam sentir como se estivesse a ver o meu avô a jogar ou a liderar como treinador a equipa do FCP ao tricampeonato ou a tornar o Vitor Hugo no melhor de sempre (ele tinha um carinho enorme pelo Vitor, como se fosse mais um filho para ele). Ainda tive a sorte de ver o meu pai jogar e de ouvir também as histórias de alguns momentos que o marcaram, e o mais bonito deles foi a época de campeão nacional pela AAE. Dá para sentir todo a carinho e amizade que ele tinha por essa equipa. Por isso Francisco, pressão nunca, orgulho constante!
Sempre. A primeira vez que entrei num pavilhão foi com o meu avô na AAE. Ensinou-me a andar de patins quase antes de saber andar. Podia ter sido jogadora de hóquei, mas a minha mãe trocou as ideias ao meu avô. Aos sete anos o meu pai incentivou-me a começar a jogar voleibol e a partir daí nunca mais larguei o desporto. Acho que já nem consigo imaginar como teria sido a minha vida sem desporto, sem os treinos ao final do dia, sem os jogos e viagens de autocarro nos fins de semana, sem as emoções do “balneário”, sem a equipa.
Acho que tentei ser aplicada em todas disciplinas. Não percebo porquê, mas português era a disciplina que menos gostava. Sempre fui apaixonada pela matemática e pela física. Adorava e adoro números. Penso que este carinho pelos números ditou em parte a minha escolha pelo curso de engenharia mecânica na FEUP.
Francisco, não sei se sabes, ou pelo menos já ouviste dizer, o balneário de uma equipa feminina é um furacão de emoções (acho que todas as minhas antigas colegas de equipa vão concordar com isto!). Quando no início de uma época alguém disser que vai ser tudo tranquilo, ignora, é uma grande mentira! Nos últimos 5/6 anos tive a oportunidade de ser capitã de equipa e tive a responsabilidade de tentar ser um exemplo para as minhas colegas. Numa equipa todas são diferentes, cada uma tem mil problemas e encara-os de forma completamente diferente. O meu grande desafio foi saber lidar com todas elas e de maneiras totalmente diferentes. Fez-me crescer bastante e fez-me ser uma pessoa mais sensata, tranquila e desenrascada. O saber lidar com problemas diferentes e escolhas difíceis é o meu dia a dia profissional como engenheira de produção. Toda a gestão que tinha de fazer no balneário é semelhante aos meus desafios profissionais diários.
Voltando à primeira pergunta, senti orgulho! Eu sei que a maioria das pessoas conheceu o meu avô como um grande Homem e atleta. Eu tive a oportunidade de conhecer uma outra versão dele. O meu Vô. A pessoa que mais gostava de mim neste mundo. A pessoa que fazia tudo por mim. A pessoa que só me queria ver feliz. Devo ter sido das únicas pessoas com quem ele nunca gritou dentro do ringue de hóquei da AAE. Eu tive acesso a um Vladimiro Brandão que mais ninguém conheceu, acho que nem mesmo a minha mãe nem o meu tio. Por isso, na maioria das vezes, eu olhava para ele apenas como o meu avô e não como um dos maiores atletas da nossa cidade. Lembro-me bem dessa homenagem na Nave. Foi um dos momentos que me fez cair a ficha, fez-me realmente perceber a magnitude dele. Milhares de pessoas de pé a bater palmas ao meu avô. Arrepio-me só de me lembrar!
Até me fazes sentir velha (sorrisos!). Calma que ainda tenho mais dois anos e meio até entrar nos 30! Gostava de poder ter viajado muito, mas muito mais. Viajar foi uma das coisas que ainda não tive a possibilidade de fazer tanto como gostaria. Conhecer o mundo, diferentes culturas, diferentes paisagens. Abdiquei muitas vezes de viajar em prol do voleibol, mas, em princípio, esta vai ser a minha última época por isso já não tenho desculpa para não marcar viagens. Tenho cinco viagens que gostava de fazer nos próximos anos: Rio de Janeiro, Ibiza (com as amigas), Nova Iorque, percorrer parte da Indonésia e um mochilão na América Latina. Agora só falta marcar.
Acho que na altura ainda não tínhamos bem noção do impacto que esta pandemia iria ter. Para mim foi difícil mudar a rotina a que estava habituada há quase 20 anos – treinar e dividir quase todos os dias o balneário com as minhas “babes”. Nas primeiras semanas ainda acreditávamos que íamos voltar e acabar época. Quando soube que não íamos poder jogar foi muito triste. Ainda por cima íamos começar a fase dos primeiros e lutar pela subida de divisão. Todas queríamos realizar este sonho de fazer o espinho subir à primeira divisão. Fiquei desolada por não o poder fazer com aquele e grupo, todas ficámos.
Para mim não foi bem uma transição. Não foi uma troca de Espinho pela Académica. Não saí do Espinho porque ia jogar para a Académica. Já não estava a conseguir conciliar a minha vida desportiva com os meus compromissos profissionais. Estava a começar a ficar completamente desgastada, física e psicologicamente. Andava sempre a correr, muitas vezes chegava atrasada e já nem sequer conseguia ir a todos os treinos. Mas eu queria sempre estar presente para o grupo, para as minhas colegas. Foi muito difícil tomar a decisão e dizer que não ia conseguir fazer parte do grupo na época seguinte. Mas cheguei a um ponto que tive de pensar um bocadinho mais em mim. Sabia que não ia conseguir assumir um compromisso tão grande que iria exigir de mim mais do que iria conseguir dar à equipa, às minhas colegas, ao meu clube. Estava decidida a abrandar e a ter mais tempo para mim.
A Académica surgiu numa altura em que ainda estava a sentir bastante a morte do meu avô e senti que de alguma forma estava a ter a oportunidade de prestar a última homenagem. Vestir a camisola do meu avô no seu clube de coração! O projeto da Académica não implicava um compromisso tão grande como o do Espinho e ia acabar por conseguir ter mais tempo para organizar a minha como tinha idealizado quando decidi deixar de fazer parte da equipa do Espinho.
Sinto-o sempre quando entro no pavilhão da académica. Eles colocaram uma fotografia dele no pavilhão e a primeira coisa que faço agora quando lá entro é olhar para ele. Passei tanto tempo com ele naquele pavilhão. Era o nosso sítio. Desde pequenina lá ia eu com o meu avô ver todos os jogos de hóquei. Ele adorava ser treinador de bancada (sorrisos!), sempre a dar indicações. E o melhor é que os jogadores olhavam para ele e ouviam o que dizia.
É um orgulho ver o nome dele na escola de patinagem. Também fiz parte da escola e todos os fins de semana estava lá com ele. Tive o privilégio de ter o melhor treinador só para mim. E ainda me lembro que durante a semana, se ele tivesse a oportunidade e me conseguisse convencer, lá íamos nós para académica andar de patins os dois.
É sempre a correr. Acordar em cima da hora, pequeno almoço a correr e seguir para a empresa. Sou engenheira de produção e adoro o que faço. Adrenalina máxima todos os dias. No fim do dia, se não fosse a pandemia, o normal seria ir direta da empresa para o pavilhão nos dias de treino ou beber um copo com amigos numa esplanada qualquer. Tendo em conta esta situação tento fazer pelo menos parte física em casa. No fim de semana tento abrandar um bocadinho o ritmo e focar-me nos acabamentos do meu apartamento (orgulho máximo! Finalmente estou a preparar-me para abandonar a casa dos pais (sorrisos!). Ah, e uma das coisas que não abdico ao fim de semana é de ir até lá baixo ver o mar.
Agora até me fizeste pensar. Mas não, não tenho nenhum amuleto. Não sou supersticiosa. Acredito muito mais no esforço e dedicação do que na sorte. O mais próximo de um amuleto para mim só se for o elástico do cabelo que uso para treinar. Normalmente uso sempre o mesmo durante a época.
Que memória boa de relembrar. Essa brincadeira começou depois de um jogo contra o Sporting na Nave em que ganhamos 3-1 e eu fiz muitos pontos de block out. Sei bem que não sou muito alta para jogadora de voleibol e também não salto tanto como devia (tristeza máxima). O meu pai goza comigo. Diz que não herdei os genes dele que saltava mais de um metro. Não sendo muito alta e saltando pouco tinha de me safar de alguma forma mais técnica.
Tenho três músicas que estou sempre a ouvir no carro. “Brillo” da Rosalia com o J. Balvin, “Uma Lua” dos Melim e “Watermelon Sugar” do Harry Styles. Sou menina para ouvir estas músicas em loop o dia todo.
Todos os livros do Harry Potter. Foi sem dúvida a saga que marcou a minha infância e adolescência. Recentemente voltei a ler todos os livros outra vez e na época de Natal faço sempre maratona dos filmes. Sou completamente viciada.
O meu avô adorava o desporto e passava horas a contar-me as mil histórias da vida desportiva dele. Uma das coisas que dava sempre para perceber era que ele gostava de ganhar. No entanto, apesar de ver o brilho nos olhos dele quando falava das vitórias, sempre me disse que nunca devemos achar que somos melhores do que ninguém, nem deixar que achem que somos inferiores. O meu avô tinha um feitio filho da mãe (a maioria dos amigos dele ou as pessoas que tiveram algum contacto com ele devem achar o mesmo – sorrisos!) e não deixava que ninguém o deitasse abaixo, pelo menos sem dar luta. Para ele, a única forma de provar alguma coisa tinha de ser dentro do campo com esforço, dedicação, atitude e, acima de tudo, muito amor à camisola. Isto era o que ele me tentava incutir sempre que relembrava alguma história do passado.
Francisco, o Espinho vai ser sempre o me clube de coração. Foi o clube do meu tio Valter (irmão do meu avô) e da minha tia Clara. Foi o clube onde o meu avô e o meu pai jogaram. Vai ser para sempre o clube do Toninho e do Sr. Abílio. É clube dos Desnorteados (um obrigado especial ao Victor Gomes que sempre foi incansável a puxar por nós em todos os jogos). O clube dos grandes jogos na Bombonera. O clube que me viu crescer e que ajudou a moldar a pessoa que sou hoje. O clube que me deu alguns dos melhores momentos da minha vida. O clube que me deu amigas e amigos para a vida. Ri e chorei muito de tigre ao peito. Vai ser para sempre o meu clube. O meu Espinhinho.
Pela Académica tenho um carinho imenso. Foi sempre o clube de coração do meu avô, da minha mãe e do meu tio Valter (filho do meu avô). É o clube onde tenho algumas das memórias mais bonitas com o meu avô. Nunca vou esquecer os dias que passámos no pavilhão a andar de patins os dois, a ver jogos de hóquei, de voleibol, de hóquei em campo. E quando ele me levava aos trampolins? Era felicidade pura mim!
Numa final entre Espinho e Académica, independentemente do emblema na camisola, de certeza que me ia lembrar do que o meu avô me disse uma vez…”as finais são para se ganhar”.
Sinceramente, em relação à terceira divisão, já não espero nada. Não sei se vamos voltar. O que eu quero mesmo é ver o Espinho subir à primeira divisão. Quero ver as minhas amigas fazerem o que queríamos ter feito antes desta pandemia acabar com o nosso sonho na época passada. Posso já não fazer parte da equipa, mas vou estar lá a festejar com elas de certeza.
Acho que todos em algum momento da nossa vida pensamos que se tivéssemos feito as coisas de outra forma ou feito outras escolhas, de alguma forma seriamos mais felizes. Mas sabes o que acho? Se mudasse alguma coisa no meu caminho, possivelmente não seria a pessoa que sou hoje. Acredito muito que todas as decisões que tomamos e todos os caminhos que escolhemos, certos ou errados, moldam a nossa personalidade. O truque é saber lidar e aprender com as consequências das nossas ações e decisões. Acho que muitas das vezes mais vale arriscar do que ficar com a dúvida para sempre na cabeça. Podia ter o escolhido o hóquei em vez do voleibol? Podia. Mas neste momento não teria os melhores amigos que alguma vez podia imaginar. Podia ter tirado o curso na força aérea? Podia. Mas talvez não me sentisse tão realizada na minha vida profissional. Podia nunca ter jogado voleibol e nunca ter tido 12 entorses nos pés? Podia. Mas nunca iria saber todo o esforço e dedicação que a recuperação de uma lesão envolve. Nunca iria saber o que é fazer parte de uma equipa. Podia ficar a trabalhar para sempre na mesma empresa e garantir a estabilidade? Podia. Mas onde está a adrenalina? Onde está o desafio? Onde está a vontade de evoluir? Onde está a vontade de crescer e de fazer parte de outros ambientes profissionais? Por isso Francisco, a resposta é não. Não mudaria nada no meu caminho porque de certeza que não seria a mesma Rita Brandão que sou hoje e porque neste momento, independentemente se escolhi o caminho certo ou errado ou se tomei boas ou más decisões, sou feliz. Isto é o mais importante.
Humildade. Tenha perfeita noção que para conseguirmos alguma coisa é preciso esforço e dedicação. Não sou melhor do que ninguém. Nada cai do céu.
Esta é fácil. COM ananás!! (Não sejam esquisitos! Provem antes de dizer que não gostam (sorrisos!)
Bandida para os sunsets e gin para as noites de festa.
Mágico.
Budapeste.
Viajar.
Da minha vida académica, das equipas de voleibol que tive oportunidade de fazer parte nos últimos 20 anos e de todo o carinho da minha família e amigos.
Obrigada por me terem dado a oportunidade de vos dar a conhecer um bocadinho de mim e um obrigado especial ao Francisco por todo o carinho que sempre tiveste pelo meu avô.
De coração cheio,
Brandão
A lição – essa – estava bem estudada, por Nuno Coelho, mas Gerson Amorim levou a melhor. Quem olhar o resultado final (0 – 3) ficará, por certo, com uma ideia errada. A Arena Tigre recebeu na tarde de 27 de Março, o primeiro jogo da atribuição do terceiro e quarto lugar no Campeonato Nacional Divisão de Elite, entre o Sporting Clube de Espinho e o Sporting Clube de Portugal, dois símbolos incontornáveis da modalidade rainha. Embora continue a ser uma realidade à porta fechada, este jogo merecia ter tido público, não só para ver Miguel Maia, como Filip Cveticanin e companhia. São duas equipas que se conhecem muito bem, e depois de terem perdido a oportunidade para disputar o ouro no final da época pelo mesmo reduto (três jogos a zero) há uma gigantesca vontade de ser “o primeiro dos últimos”.
O primeiro set – podemos dizer – foi um hino à modalidade, incerteza no resultado, pontos de parte a parte, embora com um início um pouco atribulado para a equipa de arbitragem que gerou alguns sorrisos (erro de zona de atleta verde e branco), o Sporting Clube de Espinho demonstrou que é sempre um duro osso de roer. A troca de campo deu-se com o placard a assinalar 31 – 33. No segundo e terceiro set, o seis de Gerson Amorim conseguiu impor o seu poderio e a sua experiência, impondo um duplo 20 – 25. Um leão de orgulho ferido perante a derrota pesada frente ao Sport Lisboa e Benfica viajou até à rainha da Costa Verde para fazer as pazes com o seu interior.
A viver um final de época agridoce ao nível do futebol sénior, na Bancada Central esteve presente o Presidente do Sporting Clube de Espinho – Bernardo Gomes de Almeida. O Sporting Clube de Espinho levou ao rectângulo de jogo:
Por seu turno, o Sporting Clube de Portugal trouxe a Espinho:
Em fim-de-semana de dose dupla, a equipa tigre precisou de reabastecer os níveis de concentração, hidratação e paixão! Foi esse o desígnio e era assim o espírito de grupo – aquando da chegada à (já, vazia) Arena Tigre em tempo de pandemia. Um jogo que prometia ser intenso – e foi, excepto no primeiro set – até ao final. Depois de uma viagem a Viana do Castelo ao final da tarde de ontem e um resultado de 1 – 3, a turma de Nuno Coelho aproveitou o descanso até às 15h, mas a entrada da equipa – agora líder do campeonato nacional – foi muito aproveitada. A Associação de Jovens da Fonte Bastardo acabou por levar a jogo alguns atletas que já vestiram alvinegro, e por terras insulares continua Rui Moreira. O primeiro set acaba por demonstrar duas verdades: há um novo candidato a Campeão Nacional e o Sporting Clube de Espinho é um duro osso de roer.
O primeiro set foi muito desnivelado, a turma tigre não chegou aos 10 pontos, mas uma conversa na troca de campos por Nuno Coelho, foi suficiente para o tigre rugir e fechou a contagem com uma vantagem de dois pontos (25-23). O terceiro e quarto set foram equilibrados, e embora o número de erros tenha sido significativamente mais baixo que em outros jogos por parte do Sporting Clube de Espinho, a verdade é que algumas faltas na rede e uns serviços não tão bem conseguidos, foram o suficiente para os insulares fecharem com uma vantagem de dois no terceiro e de quatro no último.
A segunda fase (Série dos primeiros) está-se a aproximar do fim, e com menos um jogo (12) a Associação de Jovens da Fonte Bastardo lideram com 31 pontos – dez vitórias e dois empates – mais 2 pontos que o Sport Lisboa e Benfica e os vizinhos da 2ª Circular – o Sporting Clube de Portugal de Miguel Maia e João Fidalgo.
O tigre da Costa Verde tem agora uma deslocação ao terreno do vizinho Esmoriz Ginásio Clube no próximo dia 27 às 17h.
Não podia ter começado da melhor forma, a participação da equipa sénior feminina alvinegra no Playoff de acesso à Primeira Divisão – no Centro de Congressos de Matosinhos. Depois de fazerem parte da história (ao ter sido a primeira equipa a vencer um Campeonato Nacional há vinte e cinco anos) a nova turma do Tigre rumou à cidade vizinha do Porto para disputar um lugar de subida ao principal escalão.
Numa altura de crise pandémica, o pavilhão tinha um número muito reduzido de pessoas, mas ao longe na transmissão (que aconteceu no YouTube da VOLEITV) era perceptível o apoio às atletas que recentemente foram fotografadas pela Focal Point Studio na Nave Polivalente / Arena Tigre.
Embora com um primeiro set com oportunidade para fechar sem grande dificuldade, a equipa tigre perdeu algum discernimento e foi a turma de Lisboa (Lusófona Volleyball Team) que aproveitou da melhor maneira, fechando o set em 25-23.
Como referido ao início da peça, em contexto de pandemia Covid-19 atletas, treinadores, assistentes de recinto utilizavam a máscara e para garantir segurança a cada mudança de campo os bancos eram higienizados (o que permitiu às atletas e respectivos treinadores uns minutos a mais para rectificar pormenores para os sets que estariam para vir.
A turma alvinegra entrou determinada e com vontade de mostrar que o primeiro set tinha sido um “acidente de percurso” e fechou a seu favor. Ainda com alguns momentos de jogo menos bem conseguidos (e fruto de estar no início da época) houve momentos de bom voleibol e erros não forçados por ambas as equipas. Mesmo quando a Lusófona conseguia estar em vantagem a turma de branco e negro não baixava os braços, conseguindo pontos importantes e interessantes. O score virou para 1-1 com uma inscrição de 20-25. O terceiro set foi renhido e apenas se verificou a vantagem de dois pontos (23-25). O quarto set (e último) foi onde se verificou a diferença maior, tendo a turma alvinegra levado a melhor com um esclarecedor 19-25.
As Tigres têm agora dois dias para retemperar as forças e preparar a recepção ao C. S. Madeira na Nave Costa Pereira.
Poderão aceder ao “filme” do jogo em modo de provas de contacto no nosso Facebook. O Sporting Clube de Espinho garantiu a presença na “Fase dos Primeiros” referentes à segunda divisão do voleibol sénior feminino.
18 de Dezembro de 2019
Num dia marcado pela chegada ao Continente da tempestade Elsa, o desporto voltou a falar mais alto e a paixão pela equipa alvinegra fez deslocar ao final da tarde uma franja de adeptos “Desnorteados” à capital do móvel para uma partida da equipa sénior nos Oitavos de final da Taça de Portugal. Já com o chegar da noite e em que muitos cidadãos acompanhavam o jogo entre o Sport Lisboa e Benfica e o Sporting Clube de Braga, um grupo de espinhenses viajou até à vizinha terra de Esmoriz para apoiar a equipa sénior feminina que parece querer fazer da nova temporada – imaculada!
As pupilas de Tiago Rachão entraram fortes e determinadas no primeiro set e o ambiente criado na bancada do Pavilhão 2 – fez com que a equipa fechasse o resultado em 17 – 25. A equipa da casa não se deixou abater e proporcionou uma linda segunda partida – levando a discussão para as vantagens de dois pontos, fechando a seu favor à primeira oportunidade (27 – 25). Mudança de campo e uma atitude idêntica do tigre na terceira partida – acabando por conseguir fazer uma “segunda versão” do primeiro set, ficando assim a vencer por 1 – 2 com um parcial de 17 – 25.
O quarto e decisivo set teve momentos de bom voleibol por parte das duas equipas, mas começou de forma mais crispada com o primeiro árbitro a exibir um cartão amarelo à camisola 2 da equipa local e tendo sido necessária a intervenção do juiz de mesa. Tal “incidente” não abalou o Esmoriz que conseguiu aproveitar as distrações e erros “não forçados” da turma alvinegra tendo conseguido por duas ocasiões “encostar-se” ao Sporting Clube de Espinho em situação de vantagem de quatro pontos, mas uma eficácia ao nível do serviço, ataque e rede permitiu fechar o jogo e carimbar a passagem a mais uma fase decisiva da Taça.
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