A população da vila de Esmoriz não ganhou para o susto. Depois de um início de noite de Verão abafado, o primeiro prédio junto à estrada nacional n. 109 paredes meias com o reparador / vendedor autorizado Peugeot Auto Roque.
Ao momento da chegada ao local por parte do fotojornalista e fotógrafo da Focal Point Studio – Francisco Azevedo – o número de operacionais no terreno contabilizava já dezanove bombeiros apoiados por 4 viaturas. A autoridade presente GNR foi chamada para evitar a paragem em locais de possível acesso dos veículos de combate a incêndios de Espinho, Esmoriz e um carro de Lourosa.
Pelo que foi possível apurar a maior preocupação dos habitantes era uma pessoa de idade avançada e acamada. O fogo era visível em Espinho como mostra a imagem feita no edifício parque em frente ao Parque João de Deus. Apesar dos esforços da equipa de dois elementos da Guarda Nacional Republicana foram vários os curiosos que rumaram ao arruamento que divide Paramos e Esmoriz.
O incêndio deflagrou por volta das dez horas e cinquenta minutos e a chamada à central (via fogos.pt) foi às 22:55. Presente também no local o presidente da junta de freguesia de Paramos – Manuel Dias – referiu a rápida intervenção dos bombeiros e a altura das labaredas. As condições climáticas estão propícias a reacendimentos e ao transporte de fagulhas pelo ar. As corporações estarão no local até ao início da manhã.
Elisa Rodrigues escreveu uma página dourada numa sala de visitas que merece ser utilizada mais vezes na cidade de Espinho – Fórum de Arte e Cultura de Espinho FACE – e o seu pátio interior. A artista representada pela Sons em Trânsito incorpora a voz do jazz e o seu movimento característica num corpo esbelto e tímido. Confessou ser uma artista com vergonha pelo que costuma cantar olhando o chão, mas no caso do exterior do FACE torna-se impossível essa estratégia pois estavam refletidas no espelho de água com os peixes e as tartarugas.
Entre covers de verdadeiros clássicos, a artista mostrou temas do primeiro álbum que está a gravar com a ajuda entre outras de Luísa Sobral. Elisa Rodrigues passou já pelos grandes palcos nacionais (Vodafone Mexefest, Cool Jazz Fest, Festival MED) e internacionais em nome próprio ou com a banda de culto britânica “This New Puritans”.
“Vai não vai” é o novo Single do álbum “As Blue as Red” escrito e composto por Pedro da Silva Martins do conceituado grupo Deolinda. O vídeo é realizado pelo André Tentugal. Para os mais curiosos podem sempre seguir o trabalho da Elisa Rodrigues no seu site e no Youtube:
https://www.youtube.com/watch?time_continue=1&v=nf2bnNnFwJg
A artista tem a sua página em www.elisarodrigues.pt
Uma boa moldura humana rumou à Arena Tigre – o mesmo espaço das épocas transatas – para assistir à apresentação das várias equipas (masculina, feminina e masters) do clube alvinegro. A apresentação contou com a habitual e brilhante atuação do grupo MTV Dance Kids da Prof.ª Patrícia Calado que aqui registámos em imagem. Os locais acederam ao convite e cumpriram o pedido: usarem camisolas pretas ou brancas.
Nuno Vitó foi o responsável máximo do Sporting Clube de Espinho a discursar, numa alusão a vários aspetos (positivos e não tanto) prometeu um Espinho com humildade mas com ambição. Agradeceu aos vários patrocinadores e parceiros do Sporting Clube de Espinho, nomeadamente o Município na pessoa do seu Presidente Pinto Moreira e o Grupo Solverde na pessoa do Dr. Manuel de Oliveira Violas.
O momento alto da noite foi sem dúvida a apresentação da equipa sénior masculina e feminina que conta com a liderança de Alexandre Afonso e manutenção de Filipe Vitó.
A equipa sénior feminina fará a sua época na segunda divisão, e na apresentação Nuno Vitó não escondeu a vontade de as ver no principal escalão com responsabilidades dividas entre Sérgio e Filipa Teixeira.
A época está para começar, pelo que a Focal Point Studio (Parceira Digital) envia um abraço a todos os que fazem do Sporting Clube de Espinho uma referência.
Arouca renasceu das cinzas. Depois de ter sido fustigada pelos fogos no ano de 2015, Arouca está de novo no mapa. Entre os dias 19 e 23 veste-se de gala para receber o Arouca Film Festival, a décima sexta edição. Depois de uma abertura do evento com um grupo de música celta, a Loja Interativa de Turismo de Arouca – bem no centro de Arouca recebeu ilustres convidados para um certame que começou com uma conversa com seis convidados em palco, entre os quais o realizador do filme “Bad Investigate” Luís Ismael, o ator Joaquim Duarte e Laura Galvão. Também presentes e participantes na conversa com o público de António Tavares (Vice-Presidente da Câmara Municipal de Arouca), Vitor Dias (Cine Clube de Arouca) e João Rita um dos mentores e responsáveis do Arouca Film Festival. A apresentação ficou a cargo de Paulo Pinto – jornalista do Porto Canal.
A noite de sexta-feira fica marcada pela apresentação de três curtas metragens, cada uma de diferentes categorias: Ficção com o filme “Mãos Frias, Coração Quente”, Experimental com “Naturefaker” e “Temptation” na vertente de animação. Uma das perguntas feitas mas das quais nunca se sabe a resposta é o que leva o público a ver cinema português. Não é fácil, mas já existe um percurso de mais de quarenta anos. Para Luís Ismael existe uma diferença entre ser realizador e o ser em português. Ficou o público presente a saber que hipotecou a casa pois um dos principais patrocinadores a pouco tempo de começar a rodagem “cortou-se”. O filme filmado quase na íntegra na região do Porto teve vários momentos de risos.
Para Laura Galvão – a área de estudo e formação foi o teatro – confessou ter tido dificuldade em fazer cinema e neste filme a cena que protagoniza com o ator e humorista Francisco Meneses – que se encontram na cama dizer-lhe a deixa “menos no c*” que provocou uma sonora gargalhada nos presentes. Falou também sobre a magia, a arte de fazer cinema com ou sem condições. Fazer por amor à arte”.
A Focal Point Studio vem por este meio agradecer à Organização pela disponibilidade e rápido feedback sobre a possibilidade de fazer a reportagem.
Viana do Castelo acolhe entre 18 e 22 de Setembro, a Final Nacional da 6ª edição do concurso nacional de beleza, Miss Queen Portugal. As 30 jovens finalistas oriundas de todos os Distritos de Portugal Continental, Açores, Madeira e Comunidades Portuguesas, participarão em diversas iniciativas e visitas para promover o património cultural de Viana do Castelo, numa semana que terminará com a realização da Gala Final no dia 22 de Setembro às 22:00, no Centro Cultural de Viana do Castelo e da Gala Preliminar e de Talentos, no dia 21 de Setembro no mesmo local e horário. A Câmara Municipal de Viana do Castelo e a Associação Solaris, promovem a iniciativa que elegerá as representantes portuguesas, para alguns dos maiores certames de beleza em todo o Mundo, como o Miss Earth; e contará ainda com atuação de vários artistas convidados. Os bilhetes estão disponíveis no Teatro Sá de Miranda em horário de funcionamento e no dia de cada um dos eventos, na bilheteira Centro Cultural de Viana do Castelo.
Espinho, como já foi notícia nos principais órgãos de comunicação terá uma representante que venceu pelo distrito de Aveiro – Carolina Loureiro – a jovem de 20 anos, olhos verdes, atleta do Alavarium de Aveiro e da Seleção Nacional participará hoje pelas 22:00 na Gala de Talentos e amanhã no desfile com um traje de varina adaptado aos tempos modernos. A Câmara Municipal de Espinho, abriu as portas e disponibilizou à jovem espinhense contactos e pequenas lembranças que serão entregues à organização. Miss Queen Portugal ocorre pelo segundo ano consecutivo na cidade de Viana do Castelo e por tradição não fica mais do que dois anos em cada cidade. A Junta de Freguesia de Espinho na pessoa do seu presidente, Vasco Alves Ribeiro conheceu a Carolina Loureiro recentemente e foi lançado o repto de candidatar a rainha da Costa Verde a ser host dos próximos dois anos.
As lojas Atitude, Ana Sapatos, MC Jóias, Pérola Noivos ajudaram a Carolina neste processo pelo que se faz um reconhecimento público. Para votar basta ligar: 760 459 004. Assegurem que ganha uns pontos fazendo like na página do Miss Queen Portugal. Aproveitem na página e vejam o vídeo em que se apresenta e mostra Espinho. A Focal Point Studio é a entidade oficial pelo que nos próximos dias poderão ver na nossa página e em facebook.com/fpstudip2018 as fotografias.
– Vamos ao cinema!?
Essas palavras soam a magia, se calhar da mesma forma que dragão soa um portista dos sete costados. Antes de pensar no que escreveria por aqui em jeito de desabafo, visitei a Wikipédia para chegar à definição de “cinema” e passo a citar:
“… A arte e a técnica de fixar e reproduzir imagens que suscitam impressão de movimento…”.
A única coisa que me impressionou talvez não tenha sido isso mas de ter encontrado uma sala da UCI Arrábida a abarrotar de lugares vazios. Cheguei ao cinema já a atriz principal – loira, imagino que tenha a ver com o Mamma Mia fazer uma homenagem aos ABBA. As pessoas com que me desloco ao cinema depois de uma refeição a tender para o italiana já se encontravam a poucas filas do cimo da sala, não consigo precisar a fila até porque com o filme em andamento a luz é escassa. Não tenho nada contra pipocas, contra o crepitar da Cola comprada na entrada. Ah, uma coisa que descobri hoje: no Arrábida no Cinema só servem cafés aos séniores, por acaso não interessa se é o próprio a tomar ou “… passa a outro”. Bem, já me estou a deslocar do que queria dizer, do que verdadeiramente me suscitou impressão… Pouco depois de me acomodar à cadeira (provavelmente não muito longe do meio da fila) comecei a ouvir vozes, achei que seria do sistema surround mas afinal vinha mesmo da fila de trás. Não sei bem quem era nem me interessa, mas acho que uma sala de cinema deveria ter um código de ética, se não deixam entrar máquinas para filmar e partilhar no submundo da net também não deviam deixar estar ou sequer entrar personagens do género: a pessoa A a comentar o filme com a B que por seu lado tinha as plantas dos pés plantadas na cadeira número três, leia-se (eu estava na um). Como se tal não fosse suficiente estavam os dois convencidos que tinham jeito para as canções, bem… cada um desafinava à sua maneira. Achei que seria da excitação natural de estar a dois numa sala de cinema aconchegados, o problema é que não estavam. Daí até sentir uns pontapés nas costas foi um tiro, ainda nem a primeira música tinha terminado. Para evitar mostrar o meu desagrado sem olhar para trás tossi. A tosse não foi entendida como um sinal que estariam a passar a linha, passei ao ato dois, ainda antes da segunda música. Na minha mente passavam as letras do famoso grupo e eis que se não quando ouço um barulho, era a Cher a entrar de helicóptero. Parecia uma verdadeira Drag Queen. Precisei de puxar pela cabeça antes que puxasse o braço para mandar um aviso à vizinha de cima. A cada música que acabava suspirava, faltava menos uma para que o álbum fosse apresentado. Quando cheguei ao cinema antes de passar por esta novela estava a pensar num filme tranquilo, num drama, numa tragédia, em tudo menos um horror de serão.
Não lhe vi a cara mas vi-lhe a planta dos pés. Se me lembro do mais que tudo dela!? Acho que sim, falava como se não houvesse amanhã. Já a nível do canto, acho que de sexta a oito tenho um contacto que o pode ajudar a ser alguém na música, mas nunca… NUNCA, numa sala de cinema!
Francisco Azevedo
UCI Arrábida
Sala 4
20 de Setembro
Não é a primeira e com certeza não será a última que o Blog do Obturador na sua rubrica “Obturar falando” atravessa o imenso Atlântico. Se em “Há um mar que nos separa” Leonor Andrade encontrou as palavras certas de Miguel Gameiro
“… Se há um mar que nos separa, vou secá-lo de saudade, e apertar-te contra o peito… Beijo feito de vontade…” perceberão na nossa conversa que Bárbara Lins sente saudade do muito que já viveu. Nascida na terra do sol quente e das palavras certeiras de Jobim e Toquinho, foi com espanto que recebeu o convite para uma conversa informal sobre viagens, sobre jornalismo, sobre vida. Nunca pensou chegar tão longe o “Descobertas Bárbaras”. Deu-nos a total liberdade para a escolha das imagens que povoam e recheiam ainda mais a nossa conversa.
Obturar falando (OF) – Bárbara Lins, bem-vinda ao Obturador do Pensamento. Desde que lançou o espaço virtual “Descobertas Bárbaras” qual foi de facto a que mais dificilmente esquecerá?
Bárbara Lins (BL) – Foram quando os primeiros contatos de pessoas que se identificavam com o blog começaram a chegar. Gente que passava pelas mesmas situações que eu e que agradecia por eu estar compartilhando com elas o que vivi. É muito gostoso ter essa relação com quem nos lê.
OF – Os blogues estão em voga nos dias de hoje. Crê que são uma boa ferramenta de publicidade para o “bem e para o mal” ou simplesmente para alguns/algumas a forma de se tornarem “famosos”?
BL – Acredito que existem pessoas que criam blogs para serem famosos, mas a maioria está escrevendo para compartilhar algo que vivem, que amam, que faz parte da vida delas. Nisso eu acho importante existirem cada vez mais blogs para que as pessoas possam achar na internet outras pessoas com os mesmos interesses que ela. Assim formamos comunidades virtuais.
OF – Faz parte de uma família gigante: a Globo. Lembra-se do primeiro dia? E o primeiro directo?
BL – Lembro! A Globo é uma excelente empresa. Desde estudante tinha admiração pelo profissionalismo da equipe. Tenho muito orgulho de fazer parte desde time. Minha primeira entrada ao vivo foi na cobertura de um crime, na frente de uma delegacia de polícia. Quase enfartei! Fiquei muito nervosa, repeti o texto mil vezes antes do jornal começar. No final deu tudo certo, mas até hoje fico ansiosa antes de entrar ao vivo.
OF – A paixão pela fotografia de viagens e o jornalismo estão no mesmo patamar ou tem preferência por alguma delas?
BL – Jornalismo vem primeiro. Amo contar histórias. Sou apaixonada por conhecer gente nova, lugares novos, viver diferentes experiências. Ele me proporciona vivências únicas. Em 2015, numa mesma semana estava cobrindo uma reunião da ONU em Nova York ao lado do ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama e do Papa Francisco e dois dias depois estava embaixo de uma ponte no interior do estado de goiás no Brasil cobrindo o desaparecimento de uma santa que ficava na entrada da cidade. Isso é fantástico!
OF – Quando recebeu o convite de um blog com seis meses de vida do outro lado do Atlântico para uma conversa informal, qual foi a primeira reação?
BL – Fiquei surpresa! Nunca imaginei que o blog era lido por aí! Já curtia o trabalho de vocês, ter esse reconhecimento foi muito bom.
OF – Um dos posts publicados no seu espaço “Férias não precisam ser eficientes. Precisam ser férias”. O bom e o mau de uma viagem entre dois continentes?
BL – O problema é que a gente tem uma vontade de conhecer tudo de uma vez. Daí faz um roteiro com mil atividades ao mesmo tempo e esquece que férias também foram feitas para relaxar. Visitando outro continente é ainda pior. É tudo novo, fica mais difícil você lembrar que é preciso ter calma para apreciar melhor o destino.
OF – Qual acha que deve ser o papel da comunicação social na divulgação de um lugar protegido?
BL – Essencial! Nosso papel é explicar para população porque um determinado lugar merece atenção e cuidados especiais. Tenho investido muito doeu tempo com reportagens sobre preservação ambiental. Nós comunicadores conseguimos com exemplos, personagens e dados explicar de uma forma mais fácil os motivos que levam um lugar a ser protegido.
OF – Machu Picchu é mesmo um santuário a céu aberto?
BL – Sem dúvida é o lugar em que mais me senti conectada com o mundo. É um lugar sagrado, com uma energia incrível. No fim do dia quando estavam todos indo embora eu fiquei um bom tempo sozinha deitada entre as ruínas. Foi um momento mágico! Só estando lá para entender.
OF – Com aproximadamente 14 mil seguidores numa rede social, há espaço e tempo para se desligar de tudo e ser a Bárbara?
BL – Estou num processo até para descobrir quem é a Bárbara (risos). Por muito tempo segui o que achavam que o era o melhor pra mim. Tem sempre alguém dizendo o que o que você deve fazer, seja família, chefe, mídia, namorado, amigos, mas há uns três anos tenho passado por uma transformação e faz parte disso tudo ter mais tempo para autoconhecimento. Mesmo com muitos seguidores e trabalho eu tenho me dado tempo para isso e tem sido maravilhoso!
OF – Para uma aventura como os “Caminhos de Santiago” o que é indispensável na mochila?
BL – Depois de tantas trilhas, estou chegando a conclusão de que nada é indispensável. Tenho até um projeto de um dia viajar só com a roupa do corpo. Nem mochila quero levar.
OF – Gonçalo Cadilhe é um dos principais escritores de viagens. Para si quem não podemos deixar de ler antes de uma aventura de mochila às costas?
BL – Que pergunta difícil. Tenho uma biblioteca gigante só de livros de viagem.
OF – O turismo de mochila ainda é visto como de gente “hippie” ou “aventureira”?
BL – Aqui no Brasil infelizmente ainda há muito este tipo de visão, mas na Europa e outras parte do mundo muita gente já percebeu que viajar leve, apenas com uma mochila, é um jeito mais prático, divertido e original de conhecer um novo destino.
OF – Uma experiência que não voltará a repetir. E se soubesse que seria uma última viagem: que destino escolheria?
BL – Visitar Veneza em época de férias ou carnaval. Que terror, a cidade fica lotada, mal dá para andar. É impossível aproveitar a cidade assim. Tem algumas destinos e passeios que são tão terríveis que estou escrevendo um post “7 lugares para morrer antes de ir”. Minha última viagem certamente seria para o interior da Itália, lugares lindos, comidas maravilhosas, história por todos os cantos.
OF – Sebastião Salgado – fotógrafo mundialmente conhecido pela sua paixão pela Natureza – criou no final dos anos 90 o Instituto Terra na região de Aimorés. Como é que o Brasil viveu a tragédia ambiental no Rio Doce?
BL – Foi impactante. Todo ficamos muito tristes. Fizemos muitas mobilizações para arrecadar alimentos e ajudar as pessoas que moram naquelas comunidades. O problema é que o impacto ruim continua e a mobilização acabou. É preciso lembrar sempre, esse e nosso papel como jornalista.
OF – No final de cada conversa lançamos sempre um desafio aos convidados do “Obturar falando”. Uma palavra para cada uma das apresentadas:
A) Televisão: diversão
B) Sorriso: modo de vida
C) Natureza: essencial
D) Portugal: roadtrip
E) Brasil: diversidade
F) Viagens: transformação
As escadas da Baía foram palco de todos os certames nas Festas da N.ª Sra. da Ajuda na cidade de Espinho. Depois de um sábado de enchente para o fogo com o T4xi e uma “disputa” entre a Banda Musical S. Tiago de Silvalde e a Banda de Música Paramense no domingo foi a vez da compositora e cantora IVE subir ao palco para encerrar o cartaz de 2018. Acompanhada por músicos em que lhes corre nas veias a bossa nova e a MPB não foi tempo gasto para as largas dezenas de pessoas que numa noite fria de segunda-feira fizeram questão de dizer presente no anfiteatro do Atlântico. IVE entoou temas do seu primeiro álbum e alguns clássicos que puseram as pessoas a dançar.
Um momento que foi uma agradável (também!) surpresa foi a chamada ao palco do conceituado Rapper NTS, o jovem que nasceu em Ovar mas apaixonou-se pelo Sporting Clube de Espinho e pela sua claque – os Desnorteados.
IVE nasceu em Brasília e transporta através da voz por paisagens mágicas que o país irmão tem, 2017 foi um ano de ouro pois foi o ano em que recebeu a notícia que Nelson Motta a iria apoiar e produzir. A propósito, Ruy Castro disse: “Um pequeno nome para um grande talento”.
O álbum “Ao som de Greice Ive” editado em 2007 está disponível nas principais plataformas e disponibilizámos aqui o link:
https://itunes.apple.com/pt/album/ao-som-de-greice-ive/1298400303
O tema “Até você passar” composto por Ive em parceria com Dudu Falcão e Marco Brito foi a canção para a personagem Fátima, uma adolescente romântica vivida pela atriz Bianca Bin na novela “Passione” de Silvio de Abreu que estreou a 17 de Maio de 2010 na Rede Globo. A música não ficou indiferente a um impressionante número de telespectadores e a própria atriz confessa que construiu a personagem com base na estória que Ive conta em jeito de poesia.
“… Nada sobre o silêncio, hoje vou ficar aqui até você passar. O que a gente vai fazer com essa paixão, distraída solidão…”.
https://www.youtube.com/watch?v=D9A4gH0Xsy8
Mariza canta em “Chuva” a seguinte passagem “… Há gente que fica na história, na história da gente” e de facto, todas as pessoas que fizeram parte da Majestosa Procissão da Nossa Sra. da Ajuda em Espinho no dia 16 vão ficar na história. Se por um lado Espinho e a sua gestão camarária foram amplamente criticadas pelo cartaz musical e pela deslocalização para Norte das barraquinhas a tarde de domingo, soalheira depois de um início cinzento foi perfeita. Milhares de pessoas encheram as ruas para saudar os intervenientes e apreciar os arranjos florais dos andores, os maravilhosos tapetes de flores (que na noite anterior – sábado) foram vandalizados por “locais” ou “estrangeiros”. Este ano o transporte do principal andor esteve a cargo do Moto Clube de Espinho e foi bastante aplaudido na chegada à Capela com palavras finais a cargo do Padre Artur Pinto.
Largas centenas de pessoas rumam a Espinho todos os anos para a procissão e ficaram para o espetáculo da noite: um desafio entre a Banda Musical de S. Tiago de Silvalde e a Banda Musical Paramense com a presença do executivo camarário na primeira fila: Vicente Pinto e sua esposa e Vitor Sousa em representação da Junta de Freguesia de Espinho e também da Comissão de Festas da N.ª Sra. da Ajuda.
A edição de 2018 da Majestosa Procissão fica também marcada pelo incursão de um andor da Venezuela, que trouxe cor e alegria que é característica da América do Sul.
Espinho tem uma comunidade considerável de pessoas que emigraram da Venezuela e os difíceis tempos na terra de Nicolas Maduro faz com que muitos voltem a casa. Espinho é uma terra que sabe receber e não será diferente para quem precisar de “começar do zero”.
As comemorações terminam com um concerto de IVE nas Escadas da Baía pelas 22:00, pelo que será reportado brevemente, aqui.
O auditório principal do Fórum de Arte e Cultura de Espinho foi palco de uma conferência sob o tema “O PAPEL DA EDUCAÇÃO NA FORMAÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA DA SOCIEDADE ATUAL” com a presença de altas figuras do ensino e da justiça de Portugal, o Juiz Jubilado Laborinho Lúcio. A representante do Município de Espinho – Eng. Lurdes Ganicho abriu a conferência com um discurso breve e recheado de emoção para em seguida dar lugar à Prof.ª Dulce Adrêgo – representante do Ministério da Educação da CPCJ de Espinho e o presidente da CPCJ da cidade: Dr. Alexandre Sousa.
A palestra / aula dada pelo Dr. Laborinho Lúcio foi o ponto alto e caso não fosse o seu tempo limitado para o regresso a Lisboa seguramente todos ficariam a ganhar. Falou sobre a forma de estar no ensino e que no século XXI com todo o acesso à informação deviam ser ministradas de forma diferente. O ingresso numa escola e o começo de um novo ano deveria haver um “teste diagnóstico” para ver o que o aluno sabe e aquilo que tem mais dificuldade. Contou alguns episódios passados até com familiares próximos, a Focal Point Studio aproveita para transcrever.
A filha, estudante no ensino secundário tinha apenas um objetivo na vida: ser médica. Então estudava e estava nas aulas com uma atenção mas dois colegas queriam apenas passar. Entrou em casa a chorar desalmadamente e o pai quis saber o que tinha acontecido. Desabafou que tinha tido um 18,4 num teste de matemática. Para suavizar o ambiente disse-lhe:
– Filha, tu estás a chorar com notas com que eu nunca me ri!
Um orador nato, uma figura ímpar da sociedade portuguesa.
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