Espinho recebeu ontem, numa agradável noite de Setembro, uma orquestra bem afinada e com vozes capazes de fazer sonhar, sorrir e até emocionar. A organização (Município e Comissão de Festas) foi alvo de críticas por um cartaz desinteressante mas o que é certo é que as Escadas da Baía foram pequenas para tanta gente. O cenário tão estratégico quanto característico e um palco em forma de concha iluminou-se depois de uma comovente procissão de velas e o soul tomou conta da Orquestra Ligeira do Exército.
Espinho iniciou na noite passada (12 de Setembro) as celebrações da padroeira Senhora da Ajuda com um brilhante concerto da OLE – Orquestra Ligeira do Exército – nas Escadas da Baía, numa noite de Setembro que mais parecia final de Agosto, agradável e com muito público. A noite começou também por ser de trabalho para os Bombeiros do Concelho de Espinho com mais um acto de vandalismo junto ao Restaurante Conde Real – cruzamento da rua 62 com a avenida 24 nos ecopontos. Encontrava-me em amena cavaqueira com um familiar quando vi o carro de combate acelerar pela rua 20. Fui de encontro à notícia que infelizmente acaba por ser apenas mais um relato da prontidão dos Bombeiros e da Polícia de Segurança Pública que tomou conta da ocorrência.
Graças à rapidez dos soldados da paz, apenas ardeu um contentor na totalidade e um segundo parcialmente. Os custos são avultados para as autarquias e os autores normalmente passam impunes.
Quatro anos depois da morte daquele que é considerado por muitos como um dos maiores poetas portugueses contemporâneos, a Quetzal Editores publica um inédito com poemas de Vasco Graça Moura, como uma forma de continuar a recordar uma das grandes vozes da poesia e da literatura do nosso tempo. “A puxar pelo sentimento: Trinta e um Fadinhos de Autor” chega às livrarias a 14 de Setembro.
Marcados pelo seu génio melancólico e pleno de ironia, este precioso inclui um bom número de fados inéditos de Vasco Graça Moura, que escreveu alguns para as vozes de intérpretes como Mísia, Kátia Guerreiro ou Carminho. São poemas maravilhosos que, só por si, constituem uma homenagem ao fado e uma contribuição literária para abrir (ainda mais) as suas portas.
“… Talvez digam que exagero
Se ponho as coisas assim
acreditem, cá por mim,
A contá-las bem me esmero
Porque te quero e me quero
Recordar daquela flor
que condiz com o conceito
da nossa vida a preceito:
sou o teu amor perfeito
és o meu amor-perfeito
Num sábado invariavelmente marcado pela despedida ao arquiteto que desenhou a Biblioteca Municipal de Espinho – José Marmelo e Silva – Rui Lacerda, um núcleo de fãs e admiradores de Pedro Chagas Freitas rumou ao edifício da Avenida 24 para uma tarde recheada de gargalhadas com o autor vimaranense de (entre outros) “Prometo falhar”.
O Serviço de Cultura do Município de Espinho – da responsabilidade de Armando Bouçon – implementou o “Pensar a Escrita” e durante quatro meses receberam na Sala Polivalente diversos autores e estilos de escrita. Pedro Chagas Freitas é muito aclamado pelo público feminino, apresentou-se ao país nos inícios dos anos 2000, tem já mais de 20 títulos. Licenciado na área das letras, lecionou cursos de escrita criativa. Falou sobre o fracasso, sobre ter falhado nas várias profissões mas felizmente que na escrita tem feito tudo menos falhado.
Esplanada da Tricana de Aveiro: sentado na mesa que faz esquina com a rua da estação, aguardo serenamente que os minutos passem até o comboio me levar de novo a casa. Sem auscultadores nas orelhas frias (apesar do sol que se alojara no céu desde manhã) ouvi um barulho de uma mala a passar na calçada impecável da Veneza de Portugal. Uma rapariga “made in China” aproximou-se, de sorriso nos lábios. Ao peito trazia uma câmara, parecia-me analógica. Ficou encantada com os azulejos e gostou de estar alojada dois dias. Visitou os canais, conheceu a Ria e experimentou os ovos moles.
Depois de um dia cinzento, nada melhor do que relaxar a ouvir uma boa música nos phones e desfrutar de um pôr do sol. Espinho na designada hora dourada é mágico. É um privilégio que poucos têm (leia-se, cidade de Lisboa ou Porto que precisam de fazer vinte / trinta minutos de carro para poder ver o mar) e nós podemos ir a pé em pouco tempo.
Ontem , Espinho acordou cinzento pela despedida ao Rui, mas o sol surgiu e o seu final foi realmente especial, a luz estava bela. Se fotografia quer dizer “pintar com luz” ontem teria sido um erro não fazer acompanhar da câmara.
As imagens aqui apresentadas poderão facilmente torná-la numa Power Bank para o seu telemóvel ou tablet, ou então uma toalha de praia para o próximo verão ou uma caneca para degustar o chá ao longo do dia. Passem pela nossa loja e peçam o orçamento.
Espinho acordou cedo e muitos dos seus habitantes rumaram à Igreja Matriz para um último adeus e uma arrepiante salva de palmas a um filho querido da cidade banhada pelo Atlântico. Rui Vita Lacerda Machado deixa ao cuidado da sua equipa – liderada pelo filho Diogo – a obra pela qual tanto lutou e acreditou que seria possível fazer de novo regressar o encanto do antigo picadeiro, do Café Avenida e da entrada principal do Casino. Filho de uma professora e herdeiro da mão do pai, o arquiteto Eduardo, Rui fez obra por vários pontos do país e do mundo. Era um apaixonado por fotografia, pela sua Leica M e por música. Com ele, aprendi a gostar de fumar uma cigarrilha, de apreciar um bom vinho tinto e de fotografar a preto e branco. Hoje, de facto, a cidade acordou mais triste mas o céu pintado de azul e apenas algumas nuvens fizeram acreditar que ele, lá do alto estaria a sorrir por ver tanta gente. Não fui, nem nunca sou adepto de cerimónias fúnebres, mas penso que o Rui ficaria zangado comigo se não estivesse por perto e ao longe ter retribuído com um beijo ao filho que agora herda o gabinete. Não será mais possível passear nesta cidade e ouvir música no Auditório sem recordar o Rui. Não será mais possível entrar na minha casa e não me sentir um privilegiado por viver numa casa que ele idealizou. Não será mais possível dizer olá aos que cá ficam sem me recordar daquela voz grossa, da agitada vida que levava mas ainda arranjava tempo para escrever, ouvir e conversar. Quando as obras do RECAFE começaram prometi a mim mesmo fazer um acompanhamento e penso que de hoje em diante não me esquecerei de fotografar sob o teu ponto de vista. Ainda me custa acreditar e várias vezes disse a quem me acompanhava que te trocava fácil por dez “tipos” só para te ter mais uns bons anos por perto. Hoje vou andar pela cidade e comprovar o talento que tinhas para o desenho e para a arquitetura. Que possamos então dentro de anos continuar a viagem e dizer o que faltou. Com sorte vamos-nos vendo entre cliques e canções.
Um abração Ruisinho!
Vítor Baía é um símbolo incontornável do Futebol Clube do Porto e da cidade invicta e encontrou na nutricionista portuense, Andreia Santos a mãe, estão a dias de ser pais de um rapaz, o Rodrigo. O Espaço Mamãs – Concept Store situado na Rua Manuel Pinto de Azevedo (Zona Industrial) contactou a Focal Point Studio para mais uma sessão fotográfica com um casal famoso, os primeiros foram a Raquel Jacob e o também guarda-redes do Futebol Clube do Porto José Sá. A sessão fotográfica fluiu e tanto a equipa do Espaço Mamãs como o Vítor e a Andreia foram de uma inesgotável simpatia e cooperação. Aqui deixamos a seleção de imagens feitas por ambos.
Tantas foram as vezes que atravessou a ponte só para lhe dizer um olá. Naquele dia passou para dizer adeus. Prometeu a si próprio não voltar àquela loja, lembrava-se de tudo (o que tinha deixado) para trás.
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