A Escola da Quinta – junto à Secundária Manuel Laranjeira – foi o palco escolhido pela Juventude Social Democrata para um magusto e tomada de posse dos novos órgãos locais. Bernardo Lacerda fecha um ciclo deixando agora os holofotes voltados para Carolina Marques, jovem jurista formada nos corredores da Universidade de Coimbra no Verão de 2019. O convite surgiu largas semanas antes da tomada de posse e foi uma honra para a Focal Point Studio ter estado presente como parceiros digitais do evento. Numa semana marcada pela entrada em cena de Luís Montenegro a líder do partido (dia seguinte, em Lisboa) e dos primeiros debates com o novo governo, estivemos à conversa com Carolina, falámos do presente, do passado recente, dos valores, do futuro. O certame contou com a presença e discursos de Pinto Moreira, Vicente Pinto, Carlos Seixas, Bernardo Lacerda.
Perante a necessidade de ausência do evento (visita do Bispo do Porto à cidade de Espinho – Paróquia de Anta) – Pinto Moreira – Presidente da Câmara Municipal de Espinho – foi o primeiro a tomar da palavra. Perante uma plateia de jovens pediu juízo no futuro no concelho, na distrital e no país, numa clara mensagem de voto em massa nas próximas eleições (autárquicas – em 2021). Em declarações à Secção de Notícias da Focal Point, Pinto Moreira disse:
Para Vicente Pinto – Vice-Presidente da Autarquia – e actual Líder da Concelhia de Espinho – também em declarações à secção de notícias da Focal Point preferiu as seguintes palavras sobre a nova Presidente da JSD de Espinho:
A JSD terá um futuro promissor com esta equipa liderada pela Carolina Marques. Acredito na sua força e no empenho que colocará na execução das suas propostas para o concelho ao serviço dos jovens. Ela sabe que pode sempre contar comigo para defender as suas propostas e apoiar as iniciativas da JSD.
Para Bernardo Lacerda, a presença no certame laranja trouxe um misto de nostalgia mas um claro sinal de que “ser da jota é ser diferente…”, deixando no ar um perfume de boa disposição, energia e transmissão de confiança para quem iniciara agora um mandato numa fase difícil do partido.
A equipa liderada pela Carolina é composta por amigas e amigos da sua inteira confiança. Não deixem de ler a nossa agradável conversa. Quanto à Juventude Social Democrata, desejamos as maiores felicidades.
1 – Carolina, obrigado por teres aceite o repto para um balanço desta tarde de Novembro. 2019 é um ano que não esquecerás tão cedo?
Sem dúvida. Foi um ano de muitos desafios e conquistas e esta é uma delas. Assumir a presidência da JSD de Espiho é uma enorme honra e um grande desafio. Mas temos de estar preparados para o que o futuro nos reserva. Espero que 2020 seja melhor, a muitos níveis.
2 – O que significa para ti ter na plateia referências do Partido Social Democrata, não só da cidade, mas também do distrito e a nível nacional e candidato a líder do Partido, Luís Montenegro?
Significa que Espinho e a JSD Distrital de Aveiro estão unidas. Quer para mim, quer para a minha equipa, foi um gosto tê-los na plateia. São pessoas com quem crescemos a nível político e nos ensinaram muito do que nós hoje sabemos.
Relativamente ao candidato a líder do partido, Luís Montenegro, antes de ser candidato é militante em Espinho. Já era uma presença assídua nas atividades da jota. Ter correspondido ao nosso convite, significou que continuará com a relação que sempre teve com a JSD de Espinho. Ficamos naturalmente contentes com esse sinal.
3 – Que papel pode ter a JSD num momento de crise do partido? Já agora, a quem atribuis a culpa de um resultado negativo nas eleições europeias e legislativas?
A JSD é extremamente importante, os jovens também fazem do partido. Queremos que a JSD continue a ser uma estrutura determinante nas vitórias eleitorais do Partido.
Acho que o Partido só tem a ganhar com a integração de novos quadros.
Vemos os jovens alheados da política, e isso deve merecer uma reflexão. Deve-se ter atenção à abstenção e às faixas etárias que contribuíram para a mesma. Isso é que é preocupante!
4 – Chegas a presidente da Jota depois de Bernardo Lacerda. Que legado é que te é deixado? Já agora … A voz embargou quando agradeceste tudo o que ele te ensinou. É um amigo para a vida?
Conheci o Bernardo há quase 6 anos, tinha eu 16 anos. Ambos temos personalidades fortes e às vezes divergíamos nas nossas opiniões … mas o que eu sei hoje e o que me fez assumir esta responsabilidade deve-se ao que aprendi com ele. O Bernardo pensa em grande em função dos jovens espinhenses e é assim que deve ser.
O legado que me é deixado é enorme, assim como a responsabilidade. Espinho tem de continuar no mesmo patamar, se não superar as expetativas.
O Bernardo é um amigo para a vida, e eu sei que posso contar sempre com ele e ele sabe que pode sempre contar comigo e com esta estrutura que faz parte da vida dele.
5 – Tiveste neste final de tarde a companhia do teu núcleo de Coimbra. É verdade que tem mais encanto na hora de despedida? Considera que a formação na área do direito te moldou para o futuro que tens pela frente na juventude social democrata?
Coimbra é e continua a ser a minha casa desde 2015. Na hora da despedida sei que vai ter mais encanto, assim como vai ser sinónimo de saudade. Contar com os meus amigos neste final de tarde foi a “cereja no topo do bolo”. Conhecemo-nos em Coimbra e agora cada um seguiu o seu rumo no mestrado. A amizade é um dos valores que mais apreço dou e contar com eles demonstrou que o que Coimbra une, não separa.
A minha formação na área do direito tem, com certeza, um peso que me permitiu assumir esta responsabilidade. Porém acho que, além do direito, o facto de ter pertencido ao associativismo, concretamente, no Núcleo de Direito da Associação Académica de Coimbra, fez-me olhar com outros olhos para questões que outrora não percebia o impacto que tem na vida de qualquer jovem – desde fazer um simples curriculum vitae ao arrendamento jovem.
Nesse aspeto tenho o privilégio de ter uma equipa muito ativa no que diz respeito a associações de estudantes e núcleos. Estou muito ansiosa por materializar algumas ideias que temos sobre esta matéria e que resultam da conjugação das várias visões que temos do associativismo.
6 – Que princípios não abdicas?
A que mais me caracteriza, a minha sinceridade. Além dessa, a lealdade, criatividade e companheirismo.
7 – Francisco Sá Carneiro dizia que “política sem convicção é uma chatice, sem ética é uma vergonha …”. Quais são os resultados/metas a que te propões neste mandato?
Desde logo, o maior resultado a que quero chegar é criar uma rede de militantes que esteja em contacto e participe connosco. Posso dizer que, até agora, temos sido bem-sucedidos mas queremos continuar. A JSD não são só os seus dirigentes, são necessários jovens que participem com ideias e com críticas construtivas, só assim é que vamos conseguir crescer e chegar onde queremos.
Aproveitando o facto de estarmos, praticamente, todos a estudar, a nossa maior bandeira é a educação. Não quer isto dizer que não existem outras metas de outros âmbitos. Procuramos sempre discutir propostas que preencham os vários campos de atuação dos jovens e, tal como referi, em dois anos aparecem sempre ideias mais oportunas ao momento.
Efetivamente, a política sem convicção é uma chatice. É exatamente por isso que as nossas metas são ambiciosas, mas não utópicas.
8 – A proximidade com o Partido a nível local consideras ser uma mais-valia para o teu projeto?
Sem dúvida. O PSD e a JSD devem andar lado a lado, mas essa não é uma realidade em todo o país. Espinho tem muita sorte desta proximidade existir. No que depender de mim, esta relação vai continuar.
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