Em que capítulo vais no livro? Queres que te faça um resumo e te diga como acaba?
E sempre que regresso é como se fosse um encontro às cegas, acabo sempre por me surpreender.
A Carolina Loureiro é natural de Espinho, tem 20 anos, olhos verdes, um metro e oitenta e cinco, estuda Medicina Dentária na FMDUP e divide o pouco tempo que lhe resta entre o andebol no Alavarium em Aveiro e na Seleção Nacional. Está a dias de se poder tornar Miss Queen Portugal na cidade de Viana do Castelo, e para formalizar a candidatura precisava de uma sessão fotográfica e um vídeo de três minutos onde se apresenta ao público e apresenta a sua cidade de Espinho.
A Focal Point Studio foi a entidade referenciada e recentemente fotografámos a Carolina em estúdio. No passado dia 2 passeámos por Espinho e terminámos na Praia de Paramos (junto à Capela) para uma sessão de surf. A Focal Point Studio aproveita a oportunidade para agradecer ao Pára – Vento (Bar de Apoio à Praia de Paramos) pela cedência da prancha e simpatia do staff. Deixamos aqui algumas imagens. Para votar na Carolina basta ligar o 760 459 004 .
https://www.facebook.com/missqueenportugal/
Rita Azevedo (RA) – Olá, em primeiro lugar muito obrigada pelo convite, foi sim uma surpresa muito agradável. Mais do que relatar a minha experiência, gostava de conseguir sensibilizar as pessoas, ainda mais, porque na minha opinião, há muitas pessoas já envolvidas em causas muito nobres, relativamente aos meninos de África. Se acho que há em Portugal muitas formas de ajudar, sim, mas lá a pobreza é extrema e a mentalidade deles é muito diferente da nossa, o “trabalho” no terreno é muito importante.
OF – A primeira fotografia que te fiz e que me recordo bem é de tigre ao peito, com um rabo de cavalo e a sorrir num campo de voleibol. Como tens vivido o renascer do tigre?
RA – Eu adoro essa fotografia! Está acontecer o que eu sempre desejei. Se eu não tive oportunidade de continuar a defender a camisola, espero que, no que diz respeito ao voleibol, as seniores femininas sejam muito felizes! Eu vou, com certeza, acompanhar de perto e festejar cada vitória como se fosse minha. Uma vez tigre, para sempre tigre!
OF – Uma das “desculpas” para esta nossa conversa tem por definição uma entrega a uma causa. O voluntariado causou-te o misto de excitação e medo?
Rita e os amigos de sempre do Centro Wanalea, Kenya |
RA – Sim, foi isso mesmo que senti quando a vontade de ir se tornou numa realidade. A verdade é que me lembro de dizer à minha mãe que gostava de fazer voluntariado fora há muito tempo. Acho que sempre estive à espera de um momento certo e, penso que, a partir do momento que a Inês disse que ia comigo, eu soube que era o que me faltava. Porque a ideia de ir para longe, sozinha, deixava-me inquieta, não sabia como reagiria ao ver tudo o que vimos, sozinha, sem dúvida que foi uma segurança para mim, ir com uma amiga.
OF – Imagino que o número de horas de voo até ao destino te deixou tempo para dormir e sonhar. Ainda te lembras em que pensaste quando a porta do avião se abriu em solo africano? Como foi a despedida em Portugal?
RA – Quando percebi que estava a sobrevoar África senti uma alegria até estúpida (haha!) Quando cheguei a Nairobi era tarde, por volta das quatro e meia da manhã, apesar disso e dos três voos estava muito entusiasmada, lembro-me de pensar “agora sim, é real, estou aqui!”. Não gosto de despedidas, prefiro na altura dizer “até já” e “gosto muito de vocês” rapidinho, porque felizmente a internet facilita a distância. Mas claro, antes de ir, fiz por estar com as pessoas de quem mais gosto.
OF – Quanto tempo durou essa aventura? Em que região estiveste?
RA – Estive cerca de três semanas em Ongata Rongai, Kenya. Numa zona denominada Rimpa, num centro, o Centro Wanalea.
OF – O arrependimento é a confirmação tácita de que fizemos algo que não deveríamos ter feito. Algum momento nessa experiência que desejaste não estar ali?
RA – Não, nunca senti.
OF – O que mais te apaixonou naquelas pessoas?
RA – A felicidade que demonstram tendo tão pouco, e, não me estou a referir a bens, mas sim, ao facto de muitos não terem família e de nem saberem de onde vieram.
OF – Bob Marley diz que o sorriso é a curva mais bonita de uma mulher. Imagino que o do sorriso de uma criança em África e um abraço à chegada não tem preço.
Os sorrisos que não deixam ninguém indiferente! |
RA – (Haha, boa citação!) . Realmente não tem, estava à espera que fossem simpáticas, mas na verdade são calorosas, e, de uma simplicidade apaixonante.
OF – Um pôr-do-sol em África substitui um final de tarde em Espinho?
RA – Não. A ideia de final de dia para mim é o sol a pôr-se no nosso mar. Mas recomendo vivamente um início de dia, um nascer do sol, em África.
OF – Quase a terminar medicina dentária. Se Portugal fosse um doente que descobririas no raio x?
RA – “Cáries”, algumas bem graves, mas felizmente tratáveis. Somos uns sortudos!
OF – Num mundo competitivo e recheado de intrigas, o que te tira do sério?
RA – Mentiras, omissões ou até falta de frontalidade. Não gosto que me “enrolem”. Prefiro ouvir alguma coisa que não vá gostar, do que posteriormente descobrir que afinal não foi bem como me disseram.
OF – Diz-se que um sonho sem acção é fantasia. De todos os sonhos qual esperas ver realizado a curto prazo?
RA – Com esta viagem ao Kenya, concretizei um sonho. Preciso de mais tempo para escolher o próximo, não consigo responder agora.
OF – Imagino que tenhas levado contigo objectos que te dizem muito. Sem querer entrar na privacidade, o que não te perdoarias de ter esquecido?
RA – Três fotografias físicas das pessoas de quem mais gosto, ando com elas para todo o lado.
OF – Que canções ecoaram em ti durante o dia longe de casa?
RA – Sinceramente dei por mim a cantarolar as músicas que os meninos do centro ouviam, nomeadamente a “Good Life – G Easy & Kehlani”, até porque repetiam e repetiam as mesmas ao longo do dia (haha!). Mas nos meus momentos “The Blower´s Daughter” – Damien Rice.
OF – Se tivesses que dar um título a esta experiência qual seria?
RA – “Mararafiki” – significa amigos em “Swahili” a língua oficial do Quénia. Foi o Scott, um menino de sete anos que me ensinou e faz sentido, porque durante três semanas criaram-se laços e eu senti-me uma pessoa próxima de todas as pessoas do centro, e, vou preocupar-me para sempre com eles.
A convidada do primeiro “Obturar Falando” nasceu no Porto a 20 de Outubro de 1995. Oriunda de uma família musical (como poderão ler mais a baixo na entrevista) – Helena Kendall foi a voz escolhida pelo compositor João Só que lançou entre outros “Sorte Grande” com Lúcia Moniz ou “Vai por mim” no álbum que assinou a meias com Miguel Araújo Jorge (Mendes & João Só). À semelhança do que aconteceu em 2012 – a Rádio e Televisão Portuguesa – lançou o convite a 10 autores e assim nasceu o tema “Andamos no céu” uma balada de amor que promete ecoar na cabeça das pessoas que a ouvirem e no coração dos mais apaixonados.
Helena estará acompanhada em palco da sua guitarra e por um coro. Uma das suas citações preferidas é “Now I Know we are the lucky ones” (Agora sei que somos os sortudos). Apaixonada pela vida tem um enorme sentido cívico o que a levou a uma missão solidária em Cabo Verde. Convido-vos a conhecer um pouco mais da voz da canção nº 5 da segunda semi-final do Festival Da Canção 2017: Helena Kendall. – Helena, como o nome da canção indica, “andas no céu”? Sem dúvida que sim, em todos os sentidos. Apesar de ter os pés assentes na terra no que toca a sonhar, gosto muito de o fazer e talvez por isso seja tão distraída. Este “andar no céu” refere-se também a um estado de paixão e felicidade com o qual me identifico todos os dias. – A música entrou na tua vida há quanto tempo? A música entrou na minha vida relativamente cedo, sem que eu tenha dado por isso. Tenho uma família muito musical e sempre foi natural cantarmos cá em casa. Comecei pelo piano mas ao fim de alguns anos não quis continuar. Só mais tarde, pelos dezasseis anos é que me ofereceram uma guitarra e sozinha, pouco a pouco, comecei a tocar e foi aí que descobri a minha voz. Já gostava bastante de escrever por isso foi uma questão de tempo até juntar tudo para criar os meus originais. – A primeira vez que te ouvi foi na Fnac e recordo-me de um tema teu sobre uma aventura como voluntária. Acreditas que o nosso caminho leva-nos a palcos assim? Não é por acaso que esse tema, “Saltiness”, foi o primeiro que compus, precisamente durante a missão de voluntariado que fiz em Cabo Verde. Representa uma parte muito importante de mim e da minha vida, que é a entrega ao outros. Para mim a música é isso, uma ferramente simples mas poderosa que me permite chegar mais perto de quem me rodeia e transmitir muitas ideias e estados de espírito. Acredito que a música faz mais sentido quando tem por base bons valores e ações e sinto que fiz um bom caminho até agora, com muita sorte à mistura. – Em relação a festival da canção: José Cid e Lúcia Moniz são as tuas maiores lembranças. Quais as expectativas para esta segunda semi-final? Espero, acima de tudo, que haja muita qualidade musical. Tenho muita curiosidade em conhecer as restantes canções e tenho a certeza que será um bom recomeço para o concurso português. – Vais estar com uma guitarra em palco e acompanhada por coro. É um regresso aos tempos dos “Meninos do Coro”? Pode dizer-se que sim. É uma fórmula que me deixa confortável e que pude explorar graças ao grupo “Meninos do Coro” do qual faço orgulhosamente parte. Foi assim que sempre me vi em palco e que ultrapassei as minhas inseguranças. – Quais são as tuas referências na música em Portugal? E no Mundo? Começando por Portugal tenho obrigatoriamente que mencionar o Miguel Araújo por ser uma grande referência como músico e como pessoa. Outros nomes como António Zambujo, Luísa Sobral ou Tiago Bettencourt fazem parte da minha playlist diária, sem esquecer o grande Rui Veloso. Também ouço muita música internacional e desde que me lembro que tenho o John Mayer a ecoar na minha cabeça. Depende um bocado do estado de espírito mas passo muitas vezes por álbuns completos do Ben Howard, Bob Dylan, Mumford and Sons.. Ultimamente tenho cantado Chico Buarque, Mallu Magalhães e também Marcelo Camelo. Podia continuar a lista interminável mas estas são talvez as minhas prinicipais inspirações. |
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