Um documentário carregado de histórias, de sons, e se me/nos permite, de memórias. Sábado, vinte de Novembro de 2021, uma tarde solarenga, famílias a calcorrear a cidade e um bom naipe marcou presença na emblemática Sala António Gaio, do Centro Multimeios, para a apresentação do documentário “Do Grão à Mó – Moinhos do Concelho de Espinho”.
Henrique Silva (Sonoplastia), Filipe Couto (Filmagens), Armando Bouçon (Museologia), Mário Augusto (Locução), Leonor Lêdo da Fonseca (Câmara Municipal de Espinho), Andrea Magalhães e Mafalda Silva (Biblioteca José Marmelo e Silva)
O trabalho, que tivemos oportunidade de ver, tem a assinatura da Divisão de Cultura e Museologia da Câmara Municipal (Dr. Armando Bouçon, Dra. Andrea Magalhães, Dra. Mafalda Silva e Jorge Salvador), e nas pessoas de Filipe Couto e Diogo Proença que realizaram as filmagens (no solo e no ar) que ocorreram nas freguesias do concelho onde existem ainda alguns moinhos em funcionamento, outros restam apenas vestígios. A história das freguesias que integram o Concelho de Espinho caracterizou-se pela sua ruralidade, visto que uma boa parte da população se dedicava ao trabalho agrícola.
A cerimónia de apresentação contou com uma subida ao púlpito do Centro Multimeios de Leonor Lêdo da Fonseca, ressalvando o trabalho da equipa, mas mostrando tristeza por ser uma arte em vias de extinção. Ao dia de ontem, fora apresentado, na mesma sala, um documentário sobre a Arte Xávega, uma tradição espinhense.
Armando Bouçon é alguém que dispensa apresentações, o seu nome fica inequivocamente ligado ao Museu e Galerias Amadeo de Souza Cardoso, ao Fórum de Arte e Cultura (FACE), às memórias e histórias dos “Cadernos de Espinho”. Abraçou de alma e coração mais este trabalho, contribuindo assim uma vez mais para que os moinhos não sejam esquecidos.
O documentário com duração aproximada de 30 minutos termina de uma forma terna e emocionante, com uma das pessoas resistentes na arte da mó canta uma canção popular. O documentário tem a locução de uma incontornável voz do cinema, também ele de Espinho, Mário Augusto, que apresentou um novo livro. A cerimónia contou com a presença dos presidentes da Junta de Paramos – Manuel Dias e esposa – e Anta e Guetim – Nuno Almeida – onde de resto, existem moinhos que fazem parte do filme.
Será exibido no próximo ano e contará ainda com uma exposição física, com curadoria de Filipe Couto, a quem, enviamos os sinceros parabéns por este trabalho.
Depois de um interregno de oito anos, o belíssimo espaço no primeiro piso do edifício municipal na rua 23 reabriu com uma exposição itinerante sob o título “Rostos da República”.
Obedecendo às normas impostas pela Direcção Geral de Saúde, foi desenhado o circuito de circulação de pessoas, e disponibilizado à entrada o álcool gel aos seus visitantes. O presidente da Junta – Vasco Alves Ribeiro – endereçou o convite a espinhenses que (muitos) fizeram questão de marcar presença.
São painéis de ilustres portugueses e muitos com ligação à cidade de Espinho como o autor Manuel Laranjeira, José Salvador (nascido a 1883) e uma outra parte estará patente no Museu Municipal (FACE).
A exposição já esteve patente em duas cidades francesas – Brunoy, com quem de resto Espinho é geminada e a capital francesa.
Num sábado invariavelmente marcado pela despedida ao arquiteto que desenhou a Biblioteca Municipal de Espinho – José Marmelo e Silva – Rui Lacerda, um núcleo de fãs e admiradores de Pedro Chagas Freitas rumou ao edifício da Avenida 24 para uma tarde recheada de gargalhadas com o autor vimaranense de (entre outros) “Prometo falhar”.
O Serviço de Cultura do Município de Espinho – da responsabilidade de Armando Bouçon – implementou o “Pensar a Escrita” e durante quatro meses receberam na Sala Polivalente diversos autores e estilos de escrita. Pedro Chagas Freitas é muito aclamado pelo público feminino, apresentou-se ao país nos inícios dos anos 2000, tem já mais de 20 títulos. Licenciado na área das letras, lecionou cursos de escrita criativa. Falou sobre o fracasso, sobre ter falhado nas várias profissões mas felizmente que na escrita tem feito tudo menos falhado.
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