A convidada do primeiro “Obturar Falando” nasceu no Porto a 20 de Outubro de 1995. Oriunda de uma família musical (como poderão ler mais a baixo na entrevista) – Helena Kendall foi a voz escolhida pelo compositor João Só que lançou entre outros “Sorte Grande” com Lúcia Moniz ou “Vai por mim” no álbum que assinou a meias com Miguel Araújo Jorge (Mendes & João Só). À semelhança do que aconteceu em 2012 – a Rádio e Televisão Portuguesa – lançou o convite a 10 autores e assim nasceu o tema “Andamos no céu” uma balada de amor que promete ecoar na cabeça das pessoas que a ouvirem e no coração dos mais apaixonados.
Helena estará acompanhada em palco da sua guitarra e por um coro. Uma das suas citações preferidas é “Now I Know we are the lucky ones” (Agora sei que somos os sortudos). Apaixonada pela vida tem um enorme sentido cívico o que a levou a uma missão solidária em Cabo Verde. Convido-vos a conhecer um pouco mais da voz da canção nº 5 da segunda semi-final do Festival Da Canção 2017: Helena Kendall. – Helena, como o nome da canção indica, “andas no céu”? Sem dúvida que sim, em todos os sentidos. Apesar de ter os pés assentes na terra no que toca a sonhar, gosto muito de o fazer e talvez por isso seja tão distraída. Este “andar no céu” refere-se também a um estado de paixão e felicidade com o qual me identifico todos os dias. – A música entrou na tua vida há quanto tempo? A música entrou na minha vida relativamente cedo, sem que eu tenha dado por isso. Tenho uma família muito musical e sempre foi natural cantarmos cá em casa. Comecei pelo piano mas ao fim de alguns anos não quis continuar. Só mais tarde, pelos dezasseis anos é que me ofereceram uma guitarra e sozinha, pouco a pouco, comecei a tocar e foi aí que descobri a minha voz. Já gostava bastante de escrever por isso foi uma questão de tempo até juntar tudo para criar os meus originais. – A primeira vez que te ouvi foi na Fnac e recordo-me de um tema teu sobre uma aventura como voluntária. Acreditas que o nosso caminho leva-nos a palcos assim? Não é por acaso que esse tema, “Saltiness”, foi o primeiro que compus, precisamente durante a missão de voluntariado que fiz em Cabo Verde. Representa uma parte muito importante de mim e da minha vida, que é a entrega ao outros. Para mim a música é isso, uma ferramente simples mas poderosa que me permite chegar mais perto de quem me rodeia e transmitir muitas ideias e estados de espírito. Acredito que a música faz mais sentido quando tem por base bons valores e ações e sinto que fiz um bom caminho até agora, com muita sorte à mistura. – Em relação a festival da canção: José Cid e Lúcia Moniz são as tuas maiores lembranças. Quais as expectativas para esta segunda semi-final? Espero, acima de tudo, que haja muita qualidade musical. Tenho muita curiosidade em conhecer as restantes canções e tenho a certeza que será um bom recomeço para o concurso português. – Vais estar com uma guitarra em palco e acompanhada por coro. É um regresso aos tempos dos “Meninos do Coro”? Pode dizer-se que sim. É uma fórmula que me deixa confortável e que pude explorar graças ao grupo “Meninos do Coro” do qual faço orgulhosamente parte. Foi assim que sempre me vi em palco e que ultrapassei as minhas inseguranças. – Quais são as tuas referências na música em Portugal? E no Mundo? Começando por Portugal tenho obrigatoriamente que mencionar o Miguel Araújo por ser uma grande referência como músico e como pessoa. Outros nomes como António Zambujo, Luísa Sobral ou Tiago Bettencourt fazem parte da minha playlist diária, sem esquecer o grande Rui Veloso. Também ouço muita música internacional e desde que me lembro que tenho o John Mayer a ecoar na minha cabeça. Depende um bocado do estado de espírito mas passo muitas vezes por álbuns completos do Ben Howard, Bob Dylan, Mumford and Sons.. Ultimamente tenho cantado Chico Buarque, Mallu Magalhães e também Marcelo Camelo. Podia continuar a lista interminável mas estas são talvez as minhas prinicipais inspirações. |
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