A genuinidade de um povo trabalhador, que todos os dias lançam a sua sorte nas redes. Espinho, não é a única cidade a trazer para as suas mesas (de particulares e restaurantes) a sardinha, o pargo, o carapau, mas é seguramente a que mais nos sentimos “deles”. Fotografar a arte xávega é (ao final de contas) o registo para o futuro, para a memória de um povo. São pessoas que demonstram total disponibilidade para participar em projectos fotográficos mas não gostam de que transeuntes veraneantes os registem sem pedir autorização. As imagens aqui apresentadas foram feitas com autorização do mestre da companha – Adelino Ribeiro – e de todos os que encontrei de mangas curtas numa manhã de Agosto. A manhã começa cedo e ao mar vão as vezes que forem precisas, são auxiliados por um tractor que os lança à água no intervalo do Set de ondas. Ali, a poucos metros (nos apoios de pesca) o Dispositivo de Salvamento Aquático dos Bombeiros do Concelho de Espinho guarda o semi rígido e apenas regressa ao quartel às dezanove horas com a moto4 e a mota-de-água. A entrada na água é sempre feita ali, na baía dos pescadores, onde barcos descansam entre viagens (a cerca de mil e quinhentos metros da costa).