A genuinidade de um povo trabalhador, que todos os dias lançam a sua sorte nas redes. Espinho, não é a única cidade a trazer para as suas mesas (de particulares e restaurantes) a sardinha, o pargo, o carapau, mas é seguramente a que mais nos sentimos “deles”. Fotografar a arte xávega é (ao final de […]

Espinho e a Arte Xávega

A genuinidade de um povo trabalhador, que todos os dias lançam a sua sorte nas redes. Espinho, não é a única cidade a trazer para as suas mesas (de particulares e restaurantes) a sardinha, o pargo, o carapau, mas é seguramente a que mais nos sentimos “deles”. Fotografar a arte xávega é (ao final de contas) o registo para o futuro, para a memória de um povo. São pessoas que demonstram total disponibilidade para participar em projectos fotográficos mas não gostam de que transeuntes veraneantes os registem sem pedir autorização. As imagens aqui apresentadas foram feitas com autorização do mestre da companha – Adelino Ribeiro – e de todos os que encontrei de mangas curtas numa manhã de Agosto. A manhã começa cedo e ao mar vão as vezes que forem precisas, são auxiliados por um tractor que os lança à água no intervalo do Set de ondas. Ali, a poucos metros (nos apoios de pesca) o Dispositivo de Salvamento Aquático dos Bombeiros do Concelho de Espinho guarda o semi rígido e apenas regressa ao quartel às dezanove horas com a moto4 e a mota-de-água. A entrada na água é sempre feita ali, na baía dos pescadores, onde barcos descansam entre viagens (a cerca de mil e quinhentos metros da costa).

 


O tractor que serve de apoio aos barcos e pescadores

Um pescador aguarda com vista para o Atlântico a recolha das redes.

Homens e mulheres partilham o areal da Praia dos Pescadores e ajudam-se.

Recolhem as redes

Todo o trabalho é feito com serenidade e por mãos que sabem.

Não é permitida a presença de pessoas dentro da rede sem autorização do mestre da companha

As cordas têm uma extensão de mil e quinhentos metros

Adelino Ribeiro - Mestre da Companha

Os troncos são colocados estrategicamente para um fácil acesso por parte dos pescadores.

Chegada das redes a terra

A rede chega ao areal, onde homens e mulheres movimentam as redes, arrancando com auxílio de troncos algas.

A chegada da rede

O cortar das redes para libertação e selecção do peixe